O grupo de hackers conhecido como Anonymous Brasil estava sem publicar no Twitter há quase dois anos, mas anunciou sua volta no último domingo (31), dizendo estar se preparando para um suposto vazamento de dados. As ameaças foram concretizadas na madrugada desta terça-feira (2).

O vazamento

O vazamento de informações pessoais teve como foco principal integrantes do Governo Jair Bolsonaro, atual presidente da República. Até o momento, os nomes que tiveram informações expostas envolvem: Abraham Weintraub (Ministro da Educação), Damares Alves (Ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos), Douglas Garcia (Deputado Estadual de São Paulo), bem como, já citado anteriormente, o próprio presidente e seus filhos Flávio (senador do Rio de Janeiro), Carlos (vereador do município do Rio de Janeiro) e Eduardo (deputado federal de São Paulo).

A ação atingiu ainda o proprietário das lojas Havan, Luciano Hang.

Parte das informações postadas eram de domínio público como a declaração de bens, porém dados sigilosos também foram divulgados, entre eles: número do telefone celular, cartões de crédito, endereços físicos e de e-mail pessoal.

O grupo de Anonymous ameaçou ainda divulgar novas informações, desta vez sobre o relacionamento de Jair Bolsonaro e Donald Trump (presidente dos EUA), dando a entender que ambos possuem vínculo com atividades duvidosas.

Após pouco tempo dos vazamentos, uma das contas que divulgou os dados foi suspensa, e o site onde estavam armazenadas as informações, o Pastebin (aplicação online normalmente utilizada para o compartilhamento de códigos de programação), saiu do ar.

No entanto, o breve momento em que ficou ativa foi o suficiente para gerar grande repercussão e ser um dos assuntos mais comentados na plataforma social Twitter.

A divulgação de informações pessoais sem o consentimento dos envolvidos ou fins lícitos é considerado crime segundo o Código Penal brasileiro e possui pena prevista de até 4 anos de reclusão e multa.

Pronunciamentos

O deputado Douglas Garcia, em sua conta oficial do Twitter manifestou sua indignação com o fato e afirmou que irá registrar um boletim de ocorrência a fim de tomar as medidas cabíveis.

Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) também utilizou sua conta na rede social para falar sobre o ocorrido.

O presidente Jair Bolsonaro se pronunciou dizendo que todo o vazamento faz parte de um claro processo de intimidação.

Até a finalização do artigo outros nomes envolvidos ainda não se pronunciaram sobre o caso.

Reações da internet

Em sua maior parte as reações foram satirizando a situação e geração de memes com a mesma.