Neste último domingo (14), o Ministério Público Federal (MPF) determinou a abertura imediata de inquérito policial com intuito de investigar o lançamento de fogos de artifício em direção ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) na noite de sábado (13). A ação foi conduzida por apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
O MPF determinou ainda a execução de perícia para apurar possíveis danos ao edifício da Corte. O procedimento encontra-se em trâmite confidencial, com a finalidade de resguardar a integralidade do conteúdo e preservar a inteligência das informações.
Ato contra STF pode ser considerado criminoso
Diante das circunstâncias, o MPF ressaltou que a atitude de apoiadores de Bolsonaro pode ser de relevância criminosa, ou seja, admite-se em momento corrente o chamamento aos crimes elencados pela Lei de Segurança Nacional, crimes contra a honra e aos desregramentos vinculados a Lei de Crimes Ambientais em decorrência da localização da Corte Superior ao situar-se em área tombada, sendo assim atribuída como Patrimônio Histórico Federal, advertiu o Organismo Público.
A primeira demanda deverá ser distribuída ao ofício de cunho criminal, enquanto a segunda, ficará a cargo do departamento responsável pelo patrimônio histórico e cultural, da Procuradoria da República (PR/DF).
No momento das agressões, por volta das 21h40 de sábado, os apoiadores bastante alterados começaram a gritar palavras ofensivas, xingamentos e vocábulos ameaçadores contra os magistrados da Corte e o Governo do Distrito Federal (GDF).
Ainda com ânimos acirrados, o grupo continuou desferindo insultos contra o governador Ibaneis Rocha (MDB), após serem praticamente expulsos de acampamentos em áreas próximas à Esplanada dos Ministérios e a Praça dos Poderes.
A diligência ocorreu em cumprimento de determinação judicial expedida pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
Por fim, Ibaneis foi categórico e decidiu pela exoneração do coronel Sérgio Luiz Ferreira de Souza, subcomandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), em função da deficiência do poder de polícia, uma vez que, permitiu tamanha afronta de manifestantes ao provocarem o lançamento de rojões e fogos de artifícios diante ao STF.
O governador finalizou criticando o erro grosseiro do coronel e lembrando que missão do policial deveria ser, no mínimo, assegurar a ordem pública protegendo os cidadãos e as instituições da capital da República.