Nos últimos domingos, protestos aconteceram em todo o Brasil, e neste domingo (21) não foi diferente.
Brasília foi ocupada neste domingo com protestos favoráveis e contrários ao atual governo de Jair Bolsonaro. Ambos os lados caminharam em direção à praça dos Três Poderes. O sistema de segurança estava forte. Com o objetivo de evitar confrontos e contato direto entre os manifestantes, a cavalaria da Polícia Militar do Distrito Federal dividiu as vias S1 e N1.
As manifestações foram pacíficas, sem nenhuma ocorrência registrada até o início da tarde.
As manifestações
Os grupos de manifestantes iniciaram praticamente no mesmo horário, de pontos diferentes. A Polícia Militar do DF não permitiu que os lados opostos realizassem o mesmo trajeto. Revistas foram feitas e alguns objetos proibidos foram apreendidos.
Quando o grupo contrário ao governo iniciou a marcha em direção ao Congresso Nacional, os pró-governo já estavam no local. Houve uma pequena confusão ao fim dos protestos, porém foi controlada pelos militares, com o apoio dos próprios líderes, que orientavam seu grupo, a não cair em provocações.
Pautas do Protesto pró Bolsonaro
Sem a presença de Bolsonaro, ao lado direito da Esplanada ficaram os grupos pró-governo. Os atos iniciaram no Museu da República a caminho do Ministério da Saúde, voltando pelo mesmo trajeto.
No protesto pró-governo, as críticas ao STF ganharam destaque, com pedidos ao impeachment do ministro da corte Alexandre de Moraes. Cartazes com apoio ao presidente e críticas ao comunismo foram levantados.
A defesa de uma intervenção militar também foi tema, acompanhando solicitações da criação de uma nova Constituição.
Um carro de som que participaria dos protestos foi retido.
Pautas contra o governo
Os manifestantes contrários ao governo ficaram ao lado esquerdo da Esplanada. Reuniram além das torcidas organizadas de diversos clubes, movimentos sociais. O deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, também participaram dos atos.
O grupo pedia o impeachment do atual presidente.
Racismo, violência policial e fascismo também foram temas levantados.
Com faixas a favor da democracia, a postura do governo em meio à pandemia de coronavírus foi criticada. "Doutor eu não me engano, o Bolsonaro é miliciano", foi um dos gritos de guerra usados pela oposição.
Sinalizadores foram acendidos pelas torcidas organizadas. Alguns objetos como pedaços de madeiras e foguetes foram apreendidos e jogados no lixo.
Jair Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro geralmente participa dos atos favoráveis ao seu governo. Nesse domingo, apoiadores protestaram sem a presença do mesmo.
Bolsonaro participou do velório do militar Pedro Lucas Ferreira Chaves no estado do Rio de Janeiro. O militar morreu neste sábado (20), em exercício da função.