Pastores da Igreja Universal do Reino de Deus foram alvos de investigações do SIC (Serviço de Investigação Criminal da Angola) na última sexta-feira (10). Busca e apreensões foram realizadas contra pastores da igreja, assim como templos religiosos também foram alvos da operação.

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (sem partido), enviou uma carta ao presidente da Angola, João Manuel Lourenço, solicitando proteção aos religiosos.

A carta

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho de Jair Bolsonaro, divulgou a carta através do Twitter nesta segunda-feira (13).

A Igreja Universal do Reino de Deus em Angola conta com mais de 500 pastores, entre estes 65 brasileiros. Na carta, Jair Bolsonaro diz que atos desta natureza precisam ser evitados e que não devem ser alvo de disputas internas.

Bolsonaro defende que os atos de violência são direcionados a ex-membros da igreja que também realizaram acusações, motivando diligências policiais dentro das sedes da Universal.

No documento, Bolsonaro faz um apelo para que os fiéis sejam protegidos, garantindo sua integridade, tanto física quanto material, e solicitando que as propriedades e moradias dos investigados sejam restituídas durante as deliberações do processo.

O caso

De acordo com informações do UOL, fontes revelaram que as investigações realizadas contra membros da Igreja Universal do Reino de Deus têm como objetivo apurar possível lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Na operação realizada na última sexta-feira (10), computadores, documentos bancários, livros contábeis e imagens de câmaras de segurança foram apreendidos. Possíveis fundos falsos em paredes também são procurados.

Eduardo Bolsonaro

O deputado Eduardo Bolsonaro mencionou em seu Twitter que é preocupante as agressões contra pastores angolanos e brasileiros da Universal.

Ele afirma que Brasil e Angola são pátrias amigas e que estão confiantes de que as leis serão aplicadas pelo Governo de Angola, garantindo a vida de todos e preservando a liberdade religiosa.

Edir Macedo

Segundo informações da Record TV, que pertence a Edir Macedo, líder da Universal, mais de 20 casas foram alvo de busca e 80 policiais estavam na operação.

O líder da Universal em Angola, bispo Honorilton Gonçalves, nega qualquer irregularidade e diz acreditar que o caso não passa de uma perseguição religiosa.