O presidente da Fundação dos Palmares, Sérgio Camargo, publicou em seu Twitter que o medicamento hidroxicloroquina havia ganhado como garoto propaganda ninguém menos do que o atual presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).

Após seu pronunciamento afirmando a contaminação pelo novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro postou em suas redes sociais um vídeo afirmando que faz uso da medicação. Ele finalizou dizendo que apoia a cloroquina e questionou seus apoiadores: "E você"?

O vídeo foi divulgado no Twitter por Sérgio Camargo, que, além de ironizar dizendo que o presidente merecia um cachê dos fabricantes da hidroxicloroquina, disse era um dia triste para a oposição, a quem se referiu como "esquerdalha".

Camargo também comemorou a rápida recuperação de Jair Bolsonaro após o uso da medicação (sem comprovação científica), afirmando que, para os integrantes da direta conservadora do Brasil, era um dia muito feliz.

Nova propaganda

Nesta quarta-feira (8), o presidente Jair Bolsonaro publicou nas redes sociais defendendo o medicamento.

O presidente, que foi acometido pelo coronavírus, afirma estar muito bem pelo segundo dia consecutivo.

Bolsonaro mencionou as pessoas que são contra o uso da cloroquina, mesmo não tendo alternativas, e disse que lamenta muito informar, mas que ele está reagindo muito bem ao uso e que viverá por muito tempo.

Governo

Bolsonaro aproveitou para anunciar as medidas tomadas por seu governo durante a pandemia.

De acordo com o presidente, nenhum país do mundo reagiu como o Brasil que, segundo ele, preservou vidas e empregos sem causar pânico na população. Para Bolsonaro, gerar pânico pode levar as pessoas a suicídio ou casos de grave depressão, matando a população da mesma forma.

Ele afirmou que o combate ao vírus não poderia causar um efeito colateral superior aos efeitos do próprio vírus.

Hidroxicloroquina

Apesar de todo o esforço e propagandas positivas por parte do presidente Jair Bolsonaro, os estudos referentes ao uso da cloroquina já foram encerrados, como informou a Organização Mundial da Saúde (OMS), por não apresentarem nenhuma comprovação de eficácia contra a Covid-19.

A medicação acabou se tornando uma guerra política entre apoiadores de Bolsonaro e membros da oposição, profissionais de saúde e comunidade científica.

Enquanto algumas pessoas defendem seu uso, pela falta de alternativas médicas, alegando que é melhor tentar do que morrer, mesmo que contraindicações tenham sido apresentadas por cientistas, outras defendem que o assunto seja encerrado e que se encontre algo que realmente seja eficaz contra o coronavírus, respeitando os estudos científicos.