Após polêmicas envolvendo o ministério da Educação, o nome do próximo ministro é escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O Ministério da Educação vem sendo alvo de diversas crises durante o Governo de Jair Bolsonaro. A pasta de grande importância para o desenvolvimento de um país, encontra-se sem instabilidade alguma. O governo nomeará seu quarto ministro da Educação em menos de dois anos de mandato.
Abraham Weintraub foi exonerado do cargo após se envolver em diversos escândalos, entre elas acusação de racismo e intenções que causariam retrocesso as conquistas relacionadas à pasta nos últimos anos.
Antonio Paulo Vogel assumiu como ministro interino após a saída de Weintraub, porém não aceitou permanecer no cargo. Carlos Alberto Decotelli foi então nomeado como novo ministro, porém em uma situação rara, pediu demissão antes mesmo de sua posse, também envolvido em escândalos por falsificação de currículo e plágio, mantendo a crise da educação no Brasil ativa.
Novo Ministro
O presidente Jair Bolsonaro escolheu o novo ministro que deverá ser anunciado nesta sexta-feira (3).
De acordo com o Estadão, o secretário de Educação do Paraná e ex-executivo Renato Feder, foi o novo escolhido do presidente.
Cotado para assumir a pasta, Feder já havia se reunido algumas vezes com Bolsonaro após a saída de Weintraub, porém Carlos Alberto Decotelli foi a primeira escolha do governo.
O presidente chegou a ligar para Feder na semana passada agradecendo por tudo, e informando que escolheu Decotelli porque preferia alguém mais velho para o cargo.
Renato Feder que é secretário da educação no estado do Paraná, também trabalhou na Secretaria Estadual de Educação em São Paulo. De acordo com fontes, a relação próxima de Feder com João Doria governador de São Paulo, foi um dos motivos que influenciou na escolha do presidente.
Feder doou cerca de R$ 120 mil para a campanha de Doria para prefeito. O nome de Feder aparece no site do TSE como um dos maiores doadores de campanha, marcando o sétimo lugar.
Na época da doação, o empresário Feder era dono de uma grande empresa de tecnologia, a Multilaser.
Renato Feder
O estado do Paraná, que tem a secretaria de Educação comandada por Feder, se destaca durante a pandemia de coronavírus por ser uma das regiões que criou o sistema de aulas on-line bem estruturado com mais rapidez.
Embora Feder tenha uma relação próxima com Doria, um dos maiores rivais políticos de Bolsonaro, o governador do Paraná, Ratinho Júnior ( PSD), é apoiador de Feder. O partido PSD tem se aproximado gradativamente de Jair Bolsonaro na tentativa de que o presidente construa uma base de apoio mais sólida no Congresso.