Nesta segunda-feira (2), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) postou um pronunciamento em sua conta do Twitter para criticar uma matéria da revista Veja que citou o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) como interlocutor para barrar o controle de munições e armas no Brasil.
De acordo com a reportagem, Carlos esteve presente em várias reuniões no Palácio do Planalto com o propósito de negociar a medida com representantes do Exército e da Polícia Rodoviária Federal.
Ainda de acordo com a matéria, o filho de Bolsonaro teve uma atuação importante para alterar a medida publicada pela portaria do Exército, que tornava mais rigorosas as regras para rastreamento e controle de armas e munições no Brasil.
Os representantes das Forças Armadas e do Ministério da Defesa alegam que a portaria sobre o rastreamento de armas e munições facilitaria o combate ao crime organizado. Entretanto, segundo a Veja, pressionado por Carlos e por representantes de categorias pró-armas, o presidente Bolsonaro acabou por revogar a portaria.
Bolsonaro usa redes sociais para defender o porte de armas
Em publicação nesta segunda-feira (2) no Twitter, o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender a aprovação do porte de armas, citando a famosa frase já dita pelo mesmo em outras ocasiões: ''O povo armado não será escravizado''.
Bolsonaro também aproveitou a ocasião para criticar a Veja, citando que a se a revista tinha como objetivo prejudicar Carlos Bolsonaro, mas que acabou dando "um tiro no próprio pé".
O presidente também comentou sobre o fato que em seu Governo ainda existem pessoas trabalhando a favor do desarmamento, seguindo moldes de governos antecessores ao seu.
Bolsonaro e a ideia de armar a população
No último dia 22 de abril, em uma reunião com seus ministros e demais integrantes do governo, o presidente Jair Bolsonaro comentou sobre o fato de se armar a população com o propósito de "impedir uma ditadura no país".
"Olha como é fácil impor uma ditadura no Brasil. Por isso eu quero que o povo se arme, a garantia de que não vai aparecer um filho da p*** e impor uma ditadura aqui. A bosta de um decreto, algema e bota todo mundo dentro de casa. Se ele tivesse armado ia para rua. Se eu fosse ditador, eu desarmava como fizeram todos no passado", disse Bolsonaro na ocasião.