Foi anunciado pelo Governo, nesta terça-feira (29), que a vacina contra o coronavírus pode começar a ser aplicada entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro de 2021. No entanto, o imunizante precisa ser testado e aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A divulgação da data se deu depois que Pfizer disse publicamente que o governo brasileiro fez exigências específicas que acabaram deixando o processo mais lento.
Governo aguarda aprovação da Anvisa
O secretário-executivo Élcio Franco afirmou que as empresas que estão produzindo a vacina adquiram a aprovação da Anvisa e que as mesmas tenham doses suficientes para serem distribuídas por todo Brasil, pois não adiantaria muito começar a vacinação e não ter vacina suficiente para atender a demanda.
O secretário do executivo disse também que o Ministério da Saúde tem feito sua parte como órgão responsável pelo controle da situação e já apresentou um plano nacional de vacinação e tem todo um plano de operacionalização e só está aguardando a chegada das vacinas para por tudo em prática. No entanto, o governo disse que só precisa que os laboratórios peçam o registro da Anvisa.
Ele comentou também que não pode fazer muita coisa, pois enquanto a Pfizer não aceitar seguir os termos impostos pela Anvisa para ter sua aceitação, o máximo que poderia fazer é solicitar para Anvisa uma brevidade.
Enquanto o Brasil ainda não decidiu qual vacina deve ser usada para imunizar a população brasileira, outros países já iniciaram, como os Estados Unidos, China, Canadá, Rússia, assim como a União Europeia.
Nesta terça-feira (29), quem anunciou que começou a vacinação contra a Covid-19 foi a Argentina.
O governo brasileiro já afirmou um contrato com o medicamento elaborado pela AstraZeneca e da Universidade de Oxford (produção pela Fundação Oswaldo Cruz), mas ainda não conseguiu uma aprovação para iniciar a imunização.
Bolsonaro diz que não vai correr atrás de vacina
O presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) disse que são os fabricantes que devem vim à procura do Brasil oferecer seus produtos e não o Brasil ir atrás deles. Ele alegou que o Brasil possui uma população com 210 milhões de habitantes e gera um consumo enorme de qualquer coisa e que por isso os laboratórios deveriam estar interessados em vender a vacina para o governo brasileiro.
Para finalizar Bolsonaro disse que vendedores são quem deve ter interesse em mostrar seus produtos.
Em resposta, a Pfizer disse, por meio de uma nota divulgada na última segunda-feira (28), que a Anvisa pediu para fazer uma série de análises específicas para a vacina ser aprovada pela instituição. A Pfizer afirmou que vai continuar a fornecer no formato que vem sendo feito com outros países que é entregando aos poucos os relatórios que vêm sendo ainda testados com o medicamento.