Depois de passar todo o dia de domingo (17) sem se comunicar, somente na segunda-feira (18) que o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) resolveu se pronunciar. No domingo aconteceram um evento importante, a aprovação pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) do uso emergencial das vacinas Oxford/AstraZeneca, feita em parceria com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), e a CoronaVac, produzida pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo.
Bolsodoria
O silêncio de Bolsonaro foi motivado pela guerra que o mandatário trava com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
Doria vem trabalhando pela aprovação da CoronaVac há meses, o que lhe dará uma vantagem na corrida eleitoral para a presidência em 2022. Sendo assim, a aprovação da CoronaVac foi decepcionante para Jair Bolsonaro.
No dia seguinte à má notícia da aprovação da CoronaVac (má notícia para Bolsonaro e uma ótima notícia para a população), Bolsonaro falou rapidamente na porta do Palácio da Alvorada sobre a vacina e também aproveitou para comentar sobre o outro tema importante que aconteceu no último domingo (17), as provas do Enem. Na opinião do mandatário, as questões da prova foram “ridículas”.
O ocupante do Palácio da Alvorada declarou que as questões do Enem não foram elaboradas pelo seu Governo, são de governos passados, e que ainda há questões que comparam homem e mulher jogando futebol, questionando a razão de a Marta ganhar menos que o Neymar.
Bolsonaro afirmou que isto não tem comparação, pois o futebol feminino não é uma realidade no país.
As questões foram chamadas de “absurdas” por Bolsonaro porque, de acordo com o mandatário, as pessoas falam em igualdade “por baixo”. A questão que Jair Bolsonaro comentou foi a que debateu a gritante diferença salarial entre o jogador Neymar e a jogadora Marta.
Na questão, os estudantes liam um texto que informava que a jogadora Marta possui o dobro de gols de Neymar na seleção brasileira, mas o salário da atleta não chega nem à metade do que ganha o jogador do Paris Saint-Germain.
Enem
A edição deste ano do Exame Nacional do Ensino Médio teve uma abstenção recorde. Mais da metade dos alunos matriculados para fazerem o exame não compareceram, um total de 51% de ausência no primeiro dia do exame.
Mesmo com a alta nos números de casos e falecimentos pela Covid-19, o governo federal não cancelou o exame.
No primeiro tema abordado por Bolsonaro, ele estava claramente desmotivado sobre a aprovação das vacinas, principalmente a CoronaVac, de seu rival Doria, em um ato falho ele demonstrou que não estava satisfeito com a situação, mas conseguiu se corrigir.