Na madrugada desta quinta-feira (4), um homem de 24 anos foi preso suspeito de realizar publicações sobre a visita do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a Uberlândia, em Minas Gerais. Segundo a Polícia, João Reginaldo da Silva Júnior foi preso em flagrante por incitar a prática de crime contra a segurança nacional. O jovem publicou uma mensagem no Twitter onde dizia que Bolsonaro estaria em Uberlândia nesta quinta-feira e questionou se alguém desejaria viram "herói nacional".

O presidente posou no aeroporto da cidade mineira logo pela manhã, depois das 9h.

A viagem não constava na agenda oficial do mandatário. Ele se dirigiu até a cidade de São Simão, que fica no sudoeste de Goiás, a fim de participar de uma inauguração de um trecho da Ferrovia Norte-Sul.

Prisão em flagrante

De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, o jovem foi preso na casa dos pais, onde mora. Quando foi abordado, ele teria confirmado que realmente foi o autor da publicação no Twitter. João foi levado até a Delegacia da Polícia Federal em Uberlândia, onde o delegado federal Laerte Vieira Gonçalves Neto ratificou a prisão do jovem. Após isto, ele foi encaminhado ao presídio Uberlândia. Por volta das 18h30, após a emissão de um alvará de soltura, ele foi liberado.

Segundo informações do portal G1, a família de João espera por orientações de um advogado para que seja orientada se fará alguma declaração sobre o episódio.

O jovem foi preso após a PM realizar o rastreamento nas redes sociais e fazer a identificação da publicação, que foi acusada pela corporação, como uma forma de divulgar e incitar crimes contra integridade física e a vida de Bolsonaro.

Isto porque a corporação entendeu que a mensagem continha incitação de ameaças contra a vida do presidente durante seu trajeto por Uberlândia nesta quinta.

Internautas que comentaram também podem responder por ato

Segundo a polícia, 3 internautas comentaram a publicação de João no Twitter. Um deles respondeu que só precisava de armas, enquanto outro disse que se Bolsonaro fosse a Uberlândia só voltaria em um caixão, e que isso não seria uma ameça, mas um comunicado.

Outro internauta ironizou ao dizer que será que não tinha um “snipper” em Uberlândia para matar o presidente.

Como forma de segurança do presidente, o serviço de inteligência da polícia rastreou os autores das publicações. Entretanto, ao chegar nas residências dos autores, não os encontraram. Apesar disso, a polícia afirmou que pretende continuar com o andamento das investigações e os internautas que responderam à publicação podem também responder pelos atos.

Jovem diz que prisão foi injusta

Em depoimento à polícia, João afirmou que sua prisão foi injusta porque citou Bolsonaro na postagem, porém, sem conotação de ameaça. Ele também disse que se arrependeu de ter feito a publicação e que apagaria o post. Além disso, o jovem afirmou que não conhecia os demais internautas que comentaram sua postagem.