O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou no último sábado (27) que a alta nos casos de Covid-19 no país já era esperada e que terá conversas com governadores nos próximos dias sobre ações a serem tomadas para o enfrentamento da pandemia.

Lira deu as declarações em uma rede social e em uma entrevista a um grupo de advogados. O parlamentar afirmou que a situação em Manaus, em que pacientes morreram por falta de oxigênio, foi um dos alertas do que iria acontecer no restante do Brasil.

O atual presidente da Câmara declarou que o país se encontra em uma segunda onda “que teve pré-avisos ali de Manaus”, e que, nas palavras dele, as crises sempre têm início na região.

"Nós tivemos aí ao final do ano Réveillon, Natal, carnaval, muitas pessoas viajando pelo Brasil. E era previsível que essas coisas acontecessem", destacou o parlamentar.

Vacinação

O presidente da Câmara dos Deputados saiu em defesa de uma agilidade maior na vacinação no país. Os números apresentados do balanço da vacinação no Brasil apontam que já foram vacinadas com a primeira dose quase seis milhões e meio de cidadãos, o que representa pouco mais de 3% da população do país.

A segunda dose da vacina já foi aplicada em quase dois milhões de pessoas, o que corresponde a 0,89% da população. Lira defende uma união entre políticos, empresários, governadores, o Governo federal e a sociedade civil para trabalharem pela vacina.

Pelas redes sociais, Lira afirmou que a reunião que pretende ter com governadores será para ouvir sugestões de medidas legislativas e mudanças no Orçamento para o combate à pandemia. O parlamentar afirmou que estarão presentes no encontro a deputada federal Flavia Arruda (PL-DF), presidente da Comissão Mista do Orçamento, e o relator Marcio Bittar (MDB-AC).

Lira declarou que tem ainda a intenção de fazer uma teleconferência com os governadores.

Lockdown

Arthur Lira declarou que em um momento em que os governadores anunciam aumento nas restrições da circulação dos cidadãos, com toque de recolher e lockdown, é chegada a hora de contribuir. O deputado também afirmou que quer ouvir dos governadores sugestões sobre que medidas legislativas podem ser tomadas para que em caráter emergencial possam ser implementadas, porém, com respeito ao teto fiscal, para enfrentar os efeitos da pandemia da Covid-19.

Bolsonaro

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), desde o início da pandemia foi um crítico do isolamento social e do uso de máscaras de proteção. O chefe do executivo discordou das medidas de restrição que foram tomadas no Distrito Federal e nos estados para conter o avanço da doença. Na sexta-feira (26), o mandatário declarou que os governadores que fecharem seus estados deverão custear o auxílio emergencial nas suas respectivas regiões.