Teve início nesta quinta-feira (22) a Cúpula do Clima. O encontro convocado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Binden, tem como objetivo discutir políticas ambientais para preservação e redução da emissão de gases nos próximos anos.

O líder americano abriu os trabalhos e cada representante de sua nação discursa por cerca de três minutos. Autoridades de quarenta países foram convocadas para a cúpula.

Ativistas e personalidades também deverão participar das discussões.

Visão internacional do Brasil

O país chega à Cúpula do Clima com a imagem arranhada junto à comunidade ambiental do mundo. Nos primeiros anos do Governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o desmatamento e incêndios bateram recordes. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, também é alvo de inúmeras críticas a respeito de sua agenda ambiental. Ficou famosa, em 2020, a declaração de Salles em uma reunião ministerial, onde o ministro pediu que fosse "passada a boiada" em medidas polêmicas envolvendo o meio ambiente, já que a população e a mídia estavam voltadas para a pandemia do coronavírus.

Para tentar melhorar um pouco a imagem do Brasil, o presidente Jair Bolsonaro enviou carta ao presidente americano Joe Biden, na semana passada, comprometendo-se a acabar com o desmatamento ilegal em dez anos e investir no desenvolvimento sustentável. Na cartal, ainda foram elencadas ações do país ao longo do tempo na preservação do ambiente.

Discurso de Bolsonaro

Em sua fala transmitida na Cúpula do Clima, o presidente brasileiro disse que o país sempre foi preocupado com a questão ambiental ao longo dos anos. "Como detentor da maior biodiversidade do planeta e potência agro-ambiental, o Brasil está na vanguarda do enfrentamento ao aquecimento global", disse Bolsonaro.

Bolsonaro, no entanto, fez críticas à queima de combustíveis fósseis.

"Ao discutirmos mudanças no clima, não podemos esquecer a causa maior do problema: a queima de combustíveis fósseis ao longo dos últimos dois séculos. O Brasil participou com menos de 1% das emissões históricas de gases de efeito estufa. Mesmo sendo uma das maiores economias do mundo", pontou.

O presidente enaltece as ações do país atualmente. "No presente, respondemos por menos de 3% das emissões globais anuais. Contamos com uma das matrizes energéticas mais limpas, com renovados investimentos em energia solar, eólica, hidráulica e biomassa", comentou.

O presidente seguiu exaltando os esforços do Brasil na preservação do meio ambiente. "Somos pioneiros na difusão de biocombustíveis renováveis, como etanol, fundamentais para despoluição de nossos centros urbanos.

No campo, promovemos uma revolução verde a partir da ciência e inovação. Produzimos mais, utilizando menos recursos, o que faz da nossa agricultura uma das mais sustentáveis do planeta. Temos orgulho de sustentar 84% de nosso bioma amazônico", elogiou.