Nesta quarta-feira (5), o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), participou da abertura da Semana das Comunicações, no Palácio do Planalto, em Brasília. Em seu pronunciamento, o presidente falou sobre diversos assuntos polêmicos. Relativo ao evento, ele afirmou que o seu Governo é o que "mais prega e age pela liberdade de imprensa e de informação".

O político ainda ameaçou editar um decreto pela "liberdade". A fala do presidente foi uma crítica indireta a prefeitos e governadores que impuseram medidas restritivas para tentar conter o colapso da saúde em decorrência da explosão dos casos do coronavírus.

O Brasil, em 2021, registrou por várias vezes mortes diárias que passaram das três mil pessoas. Ainda na fala, Bolsonaro voltou a criticar outras medidas relacionadas à Covid-19 e exigiu mudança no sistema eleitoral.

Trechos importantes do pronunciamento

Até hoje sem apresentar uma prova robusta sobre fraude em eleição no país, Bolsonaro pede que exista uma espécie de voto impresso, que deveria ser adotado já na disputa de 2022. "Nós queremos o voto auditável, qual o problema nisso? Aqueles que acreditam que não há fraude, por que ser contra? Agora, se vocês promulgarem o voto auditável, ele será executado nas eleições do ano que vem. Repito, será posto em prática. Ninguém vai contestar em lugar nenhum a constitucionalidade de uma ação por parte dos senhores parlamentares nessa questão", criticou.

Segundo o presidente, em seu governo não existe corrupção. "É obrigação nossa lutar contra isso. Mas estamos há dois anos e quatro meses sem corrupção em nosso governo. O exemplo arrasta. O nosso governo não fica no discurso. Temos excelentes ministros, outros que não são, mas poderiam ser ministro também, que não tem espaço para todo mundo.

Temos excelentes pessoas à frente de bancos", elogiou.

Pandemia

A respeito da pandemia do coronavírus, o presidente fez uma analogia, dizendo que devemos enfrentar o vírus com coragem. "Olha o que aconteceu domingo, sabemos que o vírus mata, lamentamos as mortes, mas o povo vai nas ruas. Eu sempre disse: temos que enfrentar esse problema.

Se algum de vocês aí perceber um barulho na porta ou na cozinha de vocês à noite, vocês vão fazer o quê? Vão para debaixo da cama? Ou vão se preparar para aquela pessoa que está invadindo seu imóvel? O vírus é a mesma coisa, temos que enfrentá-lo", comparou.

Bolsonaro também comentou sobre a CPI da Pandemia que acontece no Senado para apurar eventuais crimes ou omissões de seu governo e voltou a defender o tratamento precoce contra a doença. "Canalha é aquele que é contra o tratamento precoce e não apresenta alternativa, esse é um canalha. O que eu tomei todo mundo sabe (...) por que não se investe em remédio, porque é barato demais?", pontou.