Ciro Gomes (PDT) foi entrevistado, nesta quarta-feira (19), pelo jornalista José Luiz Datena, da Rádio Bandeirantes de São Paulo. O presidenciável é nome forte da centro-esquerda para a disputa das Eleições de 2022. Ciro ficou na terceira posição no pleito presidencial de 2018, quando obteve 13 milhões de votos.

Cenário atual

Opositor das políticas do Governo do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), Ciro Gomes fez um alerta para situação em que o país se encontra. "Nós temos, hoje, a pior situação socioeconômica da história do Brasil.

Não tem exagero nenhum. Eu costumo sustentar as minhas falas, no seu programa especialmente, com números. O Brasil tem quarenta milhões de pessoas vivendo, hoje, na informalidade absoluta, ganhando uma miséria, sem proteção de nada, sem décimo terceiro [salário], sem férias, sem nada. Daqui a pouco vão ficar velhas e as pessoas não têm nada de aposentadoria", disse.

O pedestista também comentou sobre a oferta de empregos no Brasil. "O desemprego aberto é o maior da história, são quase quinze milhões de brasileiros [desempregados]. E aqueles que desistiram de procurar emprego, de tanta decepção que sofreram, o IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística] chama de desalentados, são seis milhões de pessoas", pontuou.

Responsabilidade fiscal

Ciro Gomes se mostra preocupado com o endividamento do governo federal. "Quando você olha para situação das contas do governo, na medida de uma situação social e econômica dessa natureza, você vai esperar de onde, que caia [o dinheiro] do céu? Claro que Deus está ali olhando por nós todos, na fé que nós temos no coração, mas nós precisamos que os homens tomem providência.

Aí quando você olha, o governo está literalmente falido", afirmou.

O político citou os números da dívida trilionária brasileira. "Se você olhar para trás, as pessoas não prestam atenção nisso, a grande mídia não dá muita atenção a isso, o governo cria um monte de palavra que não entende, mas na boca do cofre do governo, olhando doze meses para trás, faltam R$ 900 bilhões, quase um trilhão de reais.

Esse é o tamanho da conta do rombo do governo. A maior crise da história que foi a Dilma com o PT que produziu deu R$ 130 bilhões. Quando você gasta muito mais do que ganha na proporção, isso cai na dívida. A dívida brasileira tá se acelerando de um jeito que nunca aconteceu. Se não na véspera da superinflação lá atrás", disparou.

Ciro finalizou seu raciocínio sobre essa dívida explicando que esse volume será cobrado cada vez mais rápido e ficará inviável as finanças do país.