João Amoedo, um dos fundadores do partido Novo, foi o entrevistado desta quarta-feira (19) do programa "Pânico", da rádio Jovem Pan de São Paulo. Amoedo foi candidato à presidência em 2018, sendo nome emergente da direita nacional. No pleito, há três anos, ele ficou na quinta posição, com 2,6 milhões de votos.
Terceira via
Com a volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao jogo político, acirra-se a polarização com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Amoedo espera que surja um nome alternativo para a eleição do ano que vem. "A minha disposição é para gente ter uma opção lá na frente que não seja Lula ou Bolsonaro, então, o que der para fazer, o que der para trabalhar nessa linha eu tô dentro!", disse.
Até o nome do apresentador Danilo Gentili, que trabalha no SBT no programa de entrevistas "The Noite", está sendo cogitado para concorrer à presidência. Amoedo falou a respeito de suas conversas com Gentili. "Na verdade, é o seguinte, o Danilo não se decidiu ainda em ser candidato. Eu acho o que ele quer, na verdade, é participar desse movimento da sociedade, para que a gente tenha outras opções. Não é possível que com mais de 210 milhões de brasileiros a gente fique refém de Lula ou Bolsonaro. Então, o que ele [Danilo] tem dito é que ele está muito indignado com tudo isso. Ele tem a vida dele, tem o negócio dele, tem o trabalho dele, mas ele quer se envolver de alguma forma. Então, eu acho muito válido.
O apoio dele ou mesmo a participação dele em qualquer estágio é muito bem-vinda", contou.
Voto impresso
Começou a ser debatido no Congresso Nacional, em Brasília, o voto impresso. Em outra ocasião, Amoedo disse que era a favor da alteração do sistema eleitoral, porém, agora, ele é contra. "Andei avaliando todo processo que é feito pelo TSE [Tribunal Superior Eleitoral], o isolamento das urnas, tudo como é que funciona, que elas são auditáveis, tem uma opção dos partidos para auditarem.
Eu achei que é desnecessário [o voto impresso]", explicou.
Para o político do Novo, essa medida é mais uma ideia vinda do bolsonarismo, caso o presidente seja derrotado em 2022. "Principalmente, agora, que essa discussão toda voltou única e exclusivamente como uma narrativa. Os bolsonaristas não tão preocupados em se o voto vai ser impresso ou não, isso é só uma cortina de fumaça para depois descredibilizar o resultado das urnas.
O próprio Bolsonaro já afirmou que as urnas foram fraudadas em 2018, que ele tinha as provas, e nunca apresentou. Então, é o seguinte, eu até já comentei sobre isso, no momento em que a gente já avançou tanto em tecnologia não tem sentido voltar atrás", afirmou.