O deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ) foi entrevistado, nesta segunda-feira (14), no canal do também deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP). Na conversa transmitida pelo YouTube, foram debatidos assuntos relativos à política nacional atual.

Bolsonarismo

Molon é líder da oposição ao Governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Câmara dos Deputados. No início da entrevista, ele comentou sobre a chegada de outro nome forte da política ao seu partido.

Marcelo Freixo deixou o PSOL para se filiar ao PSB, sendo opção para concorrer ao governo do estado do Rio de Janeiro em 2022. Para Molon, é o momento de unir forças para combater o bolsonarismo em todas as esferas.

"De fato nós estamos muito felizes, de poder unir forças, porque esse é o momento e o Brasil corre sérios riscos. A democracia brasileira está ameaçada. Nós temos um presidente da República que coloca em risco o futuro do Brasil. O futuro da nossa liberdade. Então é o momento de juntar esforços e estar perto de quem pensa parecido, mas também de quem pensa diferente. De construir pontes e tentar juntar as forças todas para derrotar o atraso e o retrocesso.

Isso vai passar por cada um dos estados brasileiros. Aqui no meu estado, o Rio de Janeiro, nós entendemos, eu e Marcelo Freixo, que era importante a gente unir as nossas forças. Não é hora mais de divergências, nem disputas partidárias, ou disputar votos. É hora de somar votos, somar forças, somar esforços, para derrotar o pior pro Brasil. Ele [Freixo] tem o desejo de ser candidato a governador aqui do estado. Eu disse a ele que teria um grande prazer de apoiá-lo", disse.

Lula

O líder da oposição se encontrou com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na semana passada. Molon acredita que o petista é um forte concorrente para o pleito de 2022.

"Ele [Lula] ainda não anunciou a candidatura dele, mesmo nesse encontro que tivemos aqui na quinta-feira passada (10), ele disse que ainda não havia se decidido ser candidato, mas a expectativa de todos é que ele acabe sendo candidato.

É uma candidatura muito forte. É uma candidatura popular inquestionável. A força da liderança dele é sentida em qualquer pesquisa de opinião, qualquer conversa na sociedade e no meio do povo. A gente percebe como as pessoas têm uma memória muito positiva dos governos dele e eu acho que ele é um candidato muito forte nas próximas eleições. Estar no segundo turno e vencer o segundo turno", opiniou.

Mesmo com a união de forças, o líder da oposição crê que Jair Bolsonaro ainda é o favorito para o pleito do ano que vem.

"Embora, eu considere que a próxima eleição, vai ser uma eleição muito difícil. Eu não a considero ganha já pela oposição ou por qualquer candidato, que não o atual presidente da República, porque o atual presidente da República continua mantendo através da desinformação um núcleo muito grande de seguidores e as pessoas estão muito confusas", lamentou.