João Amoedo, empresário e um dos fundadores do partido Novo, foi entrevistado pela comentarista política Gabriela Prioli. O bate papo foi transmitido neste sábado (5) no canal do YouTube da jornalista. Amoedo concorreu as Eleições presidenciais de 2018 e obteve no pleito 2,6 milhões de votos, ficando na quinta posição no primeiro turno.
Ideologia
No começo da entrevista, a comentarista pergunta em qual espectro político o convidado se enquadra. Obviamente, Amoedo que é um dos nomes do espectro político da direita brasileira, afirmou ser um conservador liberal.
"Eu sempre me preocupo um pouco com os rótulos, especialmente no Brasil, que os rótulos muitas vezes são distorcidos e já trazem uma leitura das pessoas que acaba impedindo muitas vezes o diálogo. Mas eu me considero um liberal pragmático e racional. Eu acho que a gente pode dividir, fazendo uma primeira grande divisão, que são as pessoas que acreditam que as soluções virão do cidadão e do indivíduo, e outro grupo que acredita que a solução virá do estado. Eu sou desse primeiro grupo, que acredita que o cidadão deva ser o protagonista. Ele que é o melhor gestor da sua vida, e portanto, as soluções virão sempre do cidadão e alguns pilares que eu acho fundamentais. Primeiro, nada que o estado fornece é gratuito e é um conceito que eu tenho muito presente.
O cidadão que é o agente de mudanças de fato e você tem que ter liberdade com responsabilidade", defendeu.
Desigualdade e o estado
Para Amoedo, a desigualdade deve ser combatida no Brasil.
"A minha percepção que a desigualdade de oportunidades é um problema. Ela acaba ocasionando o maior desafio no Brasil que é a questão da pobreza.
Eu acho que esse é o principal desafio que o país tem hoje é combater a pobreza, e muito disso, vem da ineficiência do estado, da concentração de poder do estado, da desigualdade de oportunidades que infelizmente o estado tem gerado. Eu acredito que nosso ponto de partida tem que ser a igualdade de oportunidades. O ponto de chegada será necessariamente diferente porque as pessoas têm ambições diferentes", explicou.
O político do Novo defende o modelo privado na comparação com o serviço prestado pelo estado.
"Iniciativa privada como gestor é sempre melhor, especialmente quando a gente tá falando de empresas. Eu sou totalmente contra o Brasil ter empresas estatais. E porque quê eu acredito nessa tese? Em essência porque e empresa privada 'quebra'. Se ela for mal gerida, se ela não atender bem seu cliente, se ela não atender seus acionistas, se ela não for eficiente, se ela não conseguir lidar com a concorrência, ela quebra!" argumentou.