O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) apagou um vídeo que foi publicado em suas redes sociais por conter um erro. Avisado por apoiadores, Bolsonaro apagou o vídeo que dizia se tratar da motociata ocorrida em Porto Alegre no último sábado (10). As imagens, na verdade, se tratavam de uma outra motociata, a que ocorreu em São Paulo no dia 12 de junho. As informações são do portal UOL.
Um internauta alertou que o vídeo, na verdade, foi do evento em São Paulo, e enviou um vídeo da motociata que aconteceu em Porto Alegre. Na publicação, o mandatário afirmou que se tratava de "uma imagem fantástica" e agradeceu tanto a cidade quanto ao estado onde aconteceu o evento.
Até a noite de sábado, ainda não havia um cálculo oficial do número de participantes do evento em Porto Alegre. Aconteceram aglomerações em locais em que os apoiadores do presidente da República se reuniram. Vídeos publicados nas redes sociais mostraram que o líder do Executivo não estava usando máscara facial --o equipamento de proteção é uma das medidas indispensáveis para tentar reduzir a disseminação do coronavírus.
Bolsonaro é um crítico da utilização das máscaras.
Bia Kicis
A deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) também apagou uma publicação que dava informação errada. O UOL checou que a fotografia publicada pela apoiadora do presidente Bolsonaro era, na verdade, da motociata de São Paulo. A foto foi feita pelo fotógrafo Alan Santos, que está na folha de pagamento da Presidência da República. A imagem está na conta oficial do Palácio do Planalto em uma plataforma de fotos, em um álbum referente ao ato político do dia 12 de junho.
Datafolha
A parlamentar bolsonarista fez uma provocação, perguntou onde estava o instituto de pesquisa Datafolha. O Governo de São Paulo calculou na ocasião que a motociata teve a presença de 12 mil motoqueiros.
Os bolsonaristas fazem criticas a institutos de pesquisa que mostram números que não favorecem o presidente Bolsonaro.
Ofensas
Após sua participação no evento em Porto Alegre, Bolsonaro voltou a fazer críticas ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso. Ao fazer discurso para seus apoiadores, o ocupante do Palácio da Alvorada afirmou que Barroso não deveria ser ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), por “defender bandeiras”.
Fake news
Bolsonaro acusou o ministro do Supremo de ser defensor do aborto e de drogas ilícitas e disse que o ministro deveria estar no Parlamento, e não no Supremo, para que pudesse defender suas “bandeiras”. Bolsonaro também faltou com a verdade ao acusar o ministro do Supremo de defender a pedofilia.
Os ataques acontecem em um momento em que Jair Bolsonaro se vê cada vez mais acuado com a investigação sobre negociações suspeitas que estão sendo reveladas pela CPI da Covid no Senado, e também com os resultados da pesquisa do Datafolha, que não são nada animadores para o presidente da República. Os números mostram um crescimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas intenções de votos para 2022 e uma reprovação recorde de Bolsonaro.