O caso Joice Hasselmann tem dado o que falar. Nesta terça-feira (27), o portal G1 constatou incongruências em duas informações divulgadas pela Secretaria de Comunicação da Presidência da Câmara dos Deputados.

De acordo com o portal de notícias, na manhã de terça, a Secom da Presidência da Câmara dos Deputados informou à TV Globo que nenhuma pessoa estranha havia entrado no apartamento de Joice Hasselmann e que nem mesmo ela havia saído do imóvel entre os dias 15 e 20. Neste último dia ela se dirigiu ao hospital.

Segundo o G1, mais tarde, uma segunda nota divulgada pela assessoria de comunicação da Câmara dos Deputados excluiu essas duas informações, como uma espécie de "correção" por parte do órgão.

Questionado sobre a diferença entre as duas notas, o órgão respondeu que não confirmava as informações divulgadas mais cedo. No meio da tarde, no entanto, a Casa voltou a enviar a primeira nota, confirmando as duas informações.

Além disso, a Câmara também garantiu haver segurança reforçada 24 horas por dia, sete dias na semana, adotando rondas e câmeras espalhadas no local.

O que se sabe até aqui

A Polícia realizou perícia em 16 câmeras do prédio onde a deputada Joice Hasselmann reside. Funcionários que trabalham lá também foram ouvidos.

A parlamentar apontou que no dia 18, durante a madrugada, acordou estirada no chão de seu apartamento toda machucada com fraturas e cortes no rosto, incluindo a costela.

O mais estranho de tudo foi que ela declarou que não se lembra de nada do que aconteceu.

Joice teve cinco fraturas no rosto e costela, bem como um corte no pescoço e dois dentes quebrados.

No domingo (25), Joice e o marido concederam uma entrevista coletiva. Na fala, ele, que estava no mesmo apartamento e dormindo em outro quarto, negou agressão à esposa e foi defendido pela parlamentar.

"Jamais faria isso", disse. Ainda na entrevista, Joice relembrou que só pediu para a Depol investigar 5 dias após o ocorrido, o que teria sido por recomendação de um médico, segundo ela.

A deputada pediu o compartilhamento da investigação com a Polícia Civil, já que, de acordo com boletins, houve ameaças de morte contra ela. Além disso, ela já declarou ter dois suspeitos da suposta agressão sofrida por ela em seu apartamento.