Segundo aponta pesquisa do Atlas Político, realizada entre os dias 26 e 29 de julho, se as eleições fossem realizadas neste momento, o presidente Jair Bolsonaro iria perder para seus principais concorrentes no segundo turno.

João Doria

Até mesmo o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), estaria empatado tecnicamente com Jair Bolsonaro, porém com um viés de vantagem.

Esta é a primeira vez que o tucano aparece na pesquisa com chance real de vitória. No mês de maio, Doria ficou pouco mais de 6% atrás do presidente em uma simulação para o segundo turno.

Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aumentou a vantagem sobre o atual presidente da República em comparação à última pesquisa do instituto. Lula iria ganhar com 49,2% enquanto Bolsonaro ficou com 38,2% em um possível segundo turno. Com quase 13% de votos brancos ou nulos.

A vantagem de Lula sobre Bolsonaro era de pouco menos de 5%. Segundo o CEO do Atlas, o cientista político Andrei Roman, há uma tendência de crescimento do petista. Desde o começo do ano, "Lula vem numa trajetória constante de crescimento", afirmou Roman.

Além de Doria e Lula, também, os possíveis candidatos, Ciro Gomes, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta e o petista Fernando Haddad aumentaram a vantagem que tinham sobre Bolsonaro na última pesquisa.

Covid-19

O que contribuiu para a piora dos números de Bolsonaro foi a gestão do Governo federal na pandemia do coronavírus e os indícios de corrupção na compra de imunizantes contra a Covid-19.

Fake news

Outro agravante que coloca Bolsonaro em baixa é sua massiva campanha contra o sistema eleitoral eletrônico. Mesmo sem apresentar provas de que as urnas eletrônicas não são seguras, como foi visto em sua última live.

CPI da Covid

O Atlas Político mostrou que subiu para 62% a rejeição a Bolsonaro no fim de julho e apenas 35% de aprovação.

É uma alta de 5% se comparada com o mês de maio quando teve início a Comissão Parlamentar de inquérito (CPI) da Covid no Senado, que investiga as ações e omissões do governo federal na pandemia da Covid-19.

A comissão mostrou a existência de irregularidades em contratos de compra de vacinas, como a vacina da Índia Covaxin, e também suspeitas de que houve pedidos de propina em outras tratativas, com a participação de militares que ocupam cargos no Ministério da Saúde.

Roman também lembrou que desde o começo do ano o noticiário não tem favorecido Bolsonaro. A pandemia fez com que a crise econômica aumentasse e as pessoas estão tendo que lidar com a perda de entes queridos para a Covid-19. Tudo isso tem contribuído para a baixa na aprovação de Jair Messias Bolsonaro disse o cientista político.