Na manhã da sexta-feira (20), a Polícia Federal (PF) realizou uma operação que investiga incitação a atos violentos e ameaçadores contra a democracia.
PGR
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou no total 13 mandados que atendem a um pedido da subprocuradora Lindora Araújo, da Procuradoria-Geral da República (PGR).
O procurador-geral da República, Augusto Aras, vem sofrendo várias críticas de políticos, analistas políticos, entre outros setores da sociedade por seu alinhamento ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
Aras vem recebendo críticas até mesmo de integrantes da PGR, que não estão confortáveis com uma alegada inércia do Ministério Público em relação às ações do presidente Bolsonaro. Augusto Aras tem sido cobrado também por ministros do STF.
Sabatina
Está marcada para a próxima terça-feira (24) a sabatina de Augusto Aras no Senado, para decidir se ele irá ser reconduzido ao cargo.
O presidente Jair Bolsonaro já declarou que deseja um novo mandato do atual procurador. A operação de sexta-feira pode também ser uma maneira dele mostrar aos senadores que está trabalhando.
O que se tem dito entre analistas políticos é que provavelmente Aras será reconduzido ao cargo, porém, espera-se que essa aprovação se dê por um placar apertado, pois o que se comenta é que o alinhamento do procurador não agrada os senadores de oposição ao Governo federal.
Augusto Aras, vale lembrar, foi escolhido pelo ocupante do Palácio da Alvorada fora da lista tríplice que é elaborada pelo MP para que fosse escolhido o procurador-geral da República.
O que se comenta também é que o grande desejo de Aras é, na verdade, uma vaga de ministro do Supremo.
Sérgio Reis
Os dois nomes mais conhecidos que estão sendo alvos da operação da PF são os do deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ) e o do cantor sertanejo Sérgio Reis.
Enquanto o parlamentar do Rio já era figura recorrente nos noticiários por sua postura belicosa e disseminação de fake news, o cantor de 81 anos surpreendeu no último final de semana quando vazou um áudio em que ele fazia ameaça de invasão ao STF.
Agentes da PF foram em endereços ligados a Sérgio Reis no Rio de Janeiro e também fizeram buscas no gabinete de Otoni de Paula em Brasília. O G1 tentou, sem sucesso, entrar em contato com o parlamentar e o cantor.