O cantor e ex-deputado federal Sérgio Reis fez uma convocação para que caminhoneiros se unissem em um protesto contra o Supremo Tribunal Federal (STF). O ato, em defesa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), deverá ser realizado perto do dia 7 de setembro, o feriado nacional que comemora o Dia da Independência do Brasil.
Vídeo
O artista fez a convocação em um vídeo que está circulando pelas redes sociais.
O ícone da música sertaneja declarou que “a cobra vai fumar” se o Supremo não ouvir as reivindicações dos caminhoneiros em defesa de Bolsonaro como, por exemplo, o voto impresso e o impeachment de ministros da mais alta Corte do país.
Segundo o cantor, o Brasil irá parar por 72 horas se não for feito nada, e declarou que ninguém vai andar no Brasil, vai ficar tudo paralisado não somente em Brasília, mas em todo o país. O confiante tocador de berrante fez a afirmação em um encontro com empresários do setor agropecuário e caminhoneiros, realizado na última quinta-feira (12).
O músico explicou que o evento deverá ser marcado em uma data antes do feriado de 7 de setembro, para que não seja atrapalhado o desfile da Independência da República.
Ele ressaltou que não irão fazer nada que possa “atrapalhar o desfile do nosso presidente, que é muito importante”, garantiu.
Segundo o cantor, o movimento irá ter a presença de artistas e empresários do país, apesar de não dar nomes. Ele também afirmou que está preparando uma ação judicial para a realização da manifestação, pois ele quer que o evento seja sério, para que o Governo e o Exército tomem uma posição. “Mas se o povo não tomar essa posição, nada vai”, disse.
Impeachment
No sábado (14), o presidente Bolsonaro declarou em sua conta no Twitter que irá pedir ao senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado, que seja aberto processo para que os ministros do Supremo Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso sejam investigados.
Na publicação, o mandatário afirmou que os dois magistrados estão extrapolando os limites da Constituição.
Roberto Jefferson
Na última sexta-feira, Alexandre de Moraes autorizou o pedido feito pela Polícia Federal (PF) para prender o ex-deputado federal e presidente nacional do PTB Roberto Jefferson, apoiador de Jair Bolsonaro, por possível participação em milícias digitais.
O presidente da República citou o art. 52 da Constituição que diz que é atividade privada do Senado federal processar e julgar magistrados do Supremo por crimes de responsabilidade. A declaração do ocupante do Palácio da Alvorada vem pouco tempo depois de a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso ter sido derrotada na Câmara dos Deputados um dia após a prisão de Roberto Jefferson.
Muitos internautas reagiram às manifestações de Sérgio Reis, que se declarou favorável a uma intervenção militar, e pediram que o sertanejo, assim como aconteceu com Roberto Jefferson, também seja preso por ameaças ao STF.