Neste dia 7 de setembro, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participou ativamente das manifestações em apoio a seu Governo. Durante o ato na avenida Paulista, em São Paulo, Bolsonaro discursou para uma multidão e suas falas acabaram repercutindo entre líderes de partidos políticos, que se reúnem nesta quarta-feira (8) para discutir o impeachment do presidente.
Live
Carlos Lupi, presidente do PDT, marcou uma live para a noite desta quarta-feira (8) com representantes de diversos políticos no intuito de discutir o tema. Entre os participantes estarão Gleisi Hoffmann, president edo PT, Roberto Freire, presidente do Cidadania, Juliano Medeiros, presidente do PSOL, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o deputado Paulinho da Força (SD-SP), e o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (sem partido).
Além dos políticos que já confirmaram a presença na reunião, Lupi aguarda resposta de mais líderes políticos. O presidente do PMDB, Baleia Rossi, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, e o presidente do DEM, ACM Neto, ainda não confirmaram a participação.
O presidente do PSDB, Bruno Araújo, também foi convidado a participar da discussão, no entanto, o tucano depende da confirmação de uma reunião do partido.
Carlos Lupi
Lupi afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ultrapassou todos os limites neste 7 de setembro. O presidente do PDT ainda relatou que quando as falas de Bolsonaro se limitavam ao cercadinho da Alvorada, onde recebe apoiadores diariamente, as falas eram rebatidas e encaminhadas ao poder Judiciário, no entanto, ontem Bolsonaro falou para uma grande multidão.
Para Carlos Lupi, os ataques ao ministro Alexandre de Moraes foi, na verdade, um ataque a uma instituição independente.
As atitudes de Jair Bolsonaro são vistas como antidemocráticas, e o pedetista acredita que a forma correta de combater quem vem atentando contra a democracia é usar a própria democracia.
Impeachment
Lupi relatou ainda que realizarão uma mobilização para o impeachment de Jair Bolsonaro. O pedetista afirma que Bolsonaro fala para uma minoria.
No discurso realizado ontem, Bolsonaro disse: "Ou o chefe desse Poder (Judiciário) enquadra os seus, ou esse Poder pode sofrer aquilo que não queremos". Apesar de Bolsonaro não ter deixado explícito quais seriam as consequências caso o Judiciário não enquadre ao que ele refere, a ameaça foi suficiente para que todos entendessem que não era algo bom.
A grande preocupação no campo político e na Suprema Corte é de como os apoiadores de Bolsonaro irão reagir nos próximos dias e meses após o discurso e quais as consequências que isso pode causar no Brasil.