O presidente Jair Bolsonaro [VIDEO] (PL) voltou a viajar pelo Brasil em ano eleitoral e retomou os ataques às urnas eletrônicas. No Amapá, o líder do Executivo voltou a dizer, sem provas, que a disputa eleitoral de 2018 foi fraudada.

Em tom de campanha, Bolsonaro alegou que está recebendo boa acolhida do povo nos “quatro cantos do Brasil” e afirmou que não existe corrupção em seu Governo. Atualmente o ocupante do Palácio da Alvorada está com sua popularidade em queda e vê o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liderando as pesquisas de intenção de voto.

Facada

Bolsonaro falou sobre o atentado a faca que sofreu em Juiz de Fora, Minas Gerais, durante a campanha presidencial de 2018, e salientou que o autor do atentado foi um “integrante do PSOL” –Adélio Bispo, preso pelo crime, já não era mais membro do partido quando cometeu o atentado. Segundo Bolsonaro, quando assumiu a presidência da República, o país se encontrava “à beira do socialismo e mergulhado em corrupção”.

Apelando para o emocional, Bolsonaro declarou que o Brasil não tinha um direcionamento e que ele, graças a Deus, sobreviveu a uma facada e mesmo em um partido pequeno, sem o auxílio de um marqueteiro e sem tempo de televisão ganhou as Eleições. Bolsonaro ainda declarou que teria ganhado no primeiro turno caso as eleições fossem “limpas”.

Ataques

Nos últimos dias, o presidente voltou a atacar os ministros Luís Roberto Barroso, atual presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), e Alexandre de Moraes, que irá substituir Barroso este ano. Na última quarta-feira (12), Bolsonaro atacou os magistrados alegando que eles defendem o ex-presidente Lula.

Barroso e Moraes também são integrantes do STF (Supremo Tribunal Federal), onde Jair Bolsonaro está sendo investigado em cinco inquéritos, quatro deles relatados por Alexandre de Moraes.

No TSE, Bolsonaro está sendo investigado por fake news contra as urnas eletrônicas.

Live

No mês de julho de 2021, Jair Bolsonaro fez uma live em que prometeu apresentar as provas de que a disputa eleitoral de 2018 foi fraudulenta. Entretanto, durante a transmissão ao vivo, disse que não tinha condições de apresentar provas. No mês de outubro, o mandatário deu destaque à presença das Forças Armadas na apuração e afirmou que “não vai ter sacanagem nas eleições".

Possível candidato à reeleição, o presidente Bolsonaro tem visto sua popularidade cair. Pesquisas de opinião mostram que está havendo uma rejeição crescente ao seu governo. Pesquisa do Ipespe divulgada no sábado (15) mostrou que 64% dos entrevistados desaprovam o presidente. A pesquisa também mostrou que Lula está na frente das intenções de voto, o petista aparece com 44%, enquanto Bolsonaro está com apenas 24%.