Depois de ter feito a relação da contratação de mulheres com o acidente ocorrido na obra da Linha 6 do Metrô de São Paulo, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) tentou rebater a saraivada de críticas que sofreu pelo comentário que foi visto como machista.

Twitter

No último sábado (5), o filho 03 do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), compartilhou em sua conta no Twitter um vídeo em que uma engenheira aparece alegando que não sofre preconceito pelo fato de ser mulher.

No tuíte, Eduardo diz que apoia quem respeita as colegas de trabalho e declarou que o preconceito está em quem acredita que "pedreiro desrespeita mulher ou tem preconceito", escreveu o parlamentar.

O caso

Na última sexta-feira (4), o deputado publicou um vídeo em que associava o acidente na linha 6 do Metrô paulista ao trabalho das empregadas da empresa responsável pela obra, a Acciona.

O parlamentar publicou em suas redes sociais mensagem em que alega que sempre busca contratar mulheres, ele então questiona de maneira retórica se os homens são engenheiros melhores e continua a mensagem afirmando que a meritocracia deixou de ser aplicada e foi substituída por "uma ideologia sem comprovação científica" e que quando isso acontece o resultado não costuma ser bom.

Eduardo Bolsonaro terminou a mensagem aconselhando que se escolhesse o melhor profissional, não importando a etnia, o gênero ou a cor.

Repúdio

A Acciona divulgou nota em que repudiava as declarações do filho de Jair Messias Bolsonaro, a nota classificou as opiniões do parlamentar de misóginas e desrespeitosas.

Até mesmo a deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP), conhecida pela simpatia ao governo de Jair Bolsonaro, se pronunciou contra as opiniões de Eduardo Bolsonaro.

A parlamentar respondeu à publicação do deputado federal e repudiou a mensagem. Ela salientou o fato de o filho do presidente, ser ele próprio, pai de uma menina e que ele estava praticando uma injustiça com as trabalhadoras da empresa.

Janaína ainda aconselhou o parlamentar a aguardar o resultado das investigações sobre o acidente e que é normal ele querer criticar o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), "mas essa postagem é desnecessária", publicou a deputada que finalizou a mensagem perguntando para Eduardo se ele lembrava quando sua própria esposa "foi desrespeitada e exposta no trabalho?", disse a parlamentar.

Bloqueado

Após a publicação polêmica, o Twitter bloqueou a conta do político. O próprio Eduardo deu a informação em seu perfil no Instagram, ele publicou a mensagem que recebeu da rede social do pássaro azul. O site G1 entrou em contato com o Twitter que informou que o bloqueio na verdade foi um erro da empresa.