O noticiário político ficou animado na manhã desta quinta-feira (31) com a notícia de que o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), teria desistido de concorrer ao cargo de presidente da República e que iria anunciar oficialmente a decisão na tarde de hoje. Uma reviravolta, no entanto, aconteceu, e o partido de Doria anunciou que o tucano ainda tentará ser o novo ocupante do Palácio da Alvorada, a residência oficial da Presidência da República.
Quem afirmou que Doria permanece como pré-candidato foi o próprio presidente do PSDB, Bruno Araújo.
As prévias do partido foram disputadas em novembro do ano passado e o que ficou decidido, segundo o cacique tucano, será respeitado para as Eleições de outubro de 2022. Na ocasião, João Doria derrotou Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, e Arthur Virgílio, ex-prefeito da cidade de Manaus.
O presidente do PSDB também declarou que a legenda está comprometida “com o processo democrático brasileiro” e que irá seguir em frente com a escolha de João Doria como pré-candidato. Bruno Araújo também destacou a intenção de acabar com a polarização existente no Brasil atualmente. João Doria nunca chegou a alcançar dois dígitos nas pesquisas de intenção de voto –nas últimas pesquisas, por exemplo, ele aparecia com, no máximo, 5%.
Pede para sair
As notícias divulgadas na manhã da quinta-feira informaram que o próprio Doria teria revelado a aliados e auxiliares que iria desistir de concorrer ao cargo de presidente da República e que iria terminar seu mandato como governador de São Paulo.
A decisão de João Doria iria de encontro aos planos de Rodrigo Garcia, atual vice-governador, que tem pretensões de assumir o lugar de Doria e concorrer às eleições deste ano.
O governador de São Paulo concedeu entrevista à CNN Brasil e disse que vai anunciar às 16h desta quinta-feira (31) a decisão de ser o candidato do PSDB para a vaga de presidente do Brasil.
Sergio Moro
Também nesta quinta-feira, outro pré-candidato a substituir o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi parar nas manchetes dos noticiários sobre política.
Sergio Moro, ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do outrora aliado Jair Bolsonaro, anunciou que trocaria o Podemos pelo União Brasil. Segundo informou a jornalista Ana Flor em seu blog no portal G1, senadores do Podemos entenderam o ato de Moro como traição. Em conversa com o blog da jornalista, senadores do agora ex-partido de Moro disseram que o ex-juiz da Lava Jato sequer os comunicou de sua decisão.
Moro saiu do grupo
Os parlamentares contaram que Moro esteve em silêncio por todo o final de semana no grupo que criou para manter contato com os políticos sobre sua candidatura. Na manhã desta quinta-feira, quando a informação foi comunidade pela presidente do Podemos, Renata Abreu, os senadores teriam demonstrado indignação.