Nos finais de semana, quando se viaja para o interior de São Paulo, é comum avistar ciclistas ou grupos deles no acostamento das rodovias. O mesmo acontece numa das rodovias mais movimentadas do estado: a dos Bandeirantes.
Há alguns dias, o Governador paulista, João Doria (PSDB), anunciou a criação da Ciclovia dos Bandeirantes, a qual ligará a cidade de São Paulo ao município de Itupeva.
É lá na cidade de Itupeva que se encontra o Distrito Turístico Serra Azul, ponto final da ciclovia tratada nesta matéria.
Além de mirar a ligação entre a capital e o interior, outra meta proposta é melhorar o transporte das diversas áreas envolvidas como a Grande São Paulo, a Região Metropolitana de Jundiaí e demais municípios como os da Rota das Frutas (Itatiba, Louveira e outros).
Mais finalidades
Porém, a ciclovia não terá o caráter de ser só um meio pavimentado de transporte; a intenção é que o longo trajeto de 57 km seja usado para outros fins: Turismo, lazer e prática esportiva.
Segundo o projeto, prevê-se a construção de uma ciclovia separada das pistas utilizadas pelos veículos convencionais e pesados. A intenção é que o canteiro central e o gramado lateral da Rodovia dos Bandeirantes sirvam de esteio para essa ambiciosa melhoria de infraestrutura.
A empreitada ficará a cargo da atual concessionária do sistema Anhanguera-Bandeirantes (AutoBan), a CCR, e deverá custar R$ 219 milhões.
Dentro desse orçamento, estarão englobados itens como sinalização vertical e horizontal, barreiras rígidas, acesso controlado de entrada e saída e outros componentes que visem à segurança de todos os usuários do sistema rodoviário – ciclistas ou não.
Também está incluída a instalação de seis passarelas que permitirão a transposição na rodovia sem a necessidade direta de acesso pelas pistas principais.
Isso tudo será implantado entre os km 13 e 71 da Rodovia dos Bandeirantes. E é no fim da ciclovia central que se encontra o Shopping Serra Azul; próximo a ele, existem outras opções de lazer bem conhecidas pelos paulistas como o parque de diversões Hopi Hari e o complexo aquático Wet ´n Wild.
Assim, esta obra pode cumprir o papel do cicloturismo, já que em cidades perto do sistema Anhanguera-Bandeirantes, é possível visitar pontos turísticos como igrejas e patrimônio arquitetônico e histórico.
Não é de agora
O pioneirismo em torno da recente obra divulgada é uma tendência que se observa no interior do estado. Rotas construídas para bicicletas já estão funcionando em cidades como Vinhedo, Holambra, Itatiba, Louveira e Jundiaí.
A extensão total deste trecho chega a 100 km.
A ARTESP (Agência Reguladora de Transporte do Estado de São Paulo) quer fazer colocar em prática mais dois projetos endereçados aos que pedalam com a “magrela”: o primeiro deles é uma ligação de 97 km entre as cidades de Piracicaba e Panorama. E o segundo, uma ampliação na segurança da ciclovia de Alemoa, situada na Rodovia Anchieta. Com 5 km, a ciclovia interligará Cubatão à malha disponibilizada às bicicletas existente em Santos.
Durante o anúncio oficial da ciclovia dos Bandeirantes, o governador João Doria disse que “São Paulo vai ganhar a maior e mais completa ciclovia do Brasil, com a geração de mil empregos diretos durante a sua implantação. Uma grande opção para o esporte, para o lazer e para a mobilidade.”