A chapa Lula-Alckmin está com uma nova versão das diretrizes de seu programa de Governo, cujo conteúdo foi submetido à análise do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de seu candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB). A nova versão do programa dá destaque a temas que acabaram por virar alvo de desgaste do governo do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), dentre eles a Amazônia e a Petrobras.

Propostas do programa de Lula-Alckmin

De acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo, o documento –que foi atualizado a partir do texto preliminar apresentado a aliados no último dia 6 de junho– destaca questões relacionadas à defesa do patrimônio ambiental, proteção da Amazônia, combate à fome, reativação da economia nacional, políticas públicas para órfãos da Covid-19, avanço educacional, direito de greve e autossuficiência da Petrobras, bem como a educação laica, liberdade de imprensa e necessidade de debate sobre o direito de acesso à informação.

No entanto, a versão final ainda passava por ajustes na noite da última segunda-feira (20). Os partidos que compõe a coligação da chapa Lula-Alckmin –PSOL, PC do B, PSB, PV, Rede e Solidariedade– fornecem contribuições para o texto. A redação final do documento foi divulgada nesta terça-feira (21), durante evento em São Paulo que contou com a presença de Lula e Alckmin. Na ocasião, houve a participação de representantes de movimentos sociais e partidos políticos.

Suplicy interrompe reunião de Lula

O vereador Eduardo Suplicy (PT-SP) apareceu no ato de lançamento das diretrizes do programa de governo da chapa Lula-Alckmin, causando constrangimento. Apesar de não ter sido convidado, Suplicy foi à reunião e aproveitou a oportunidade para reclamar que sua proposta de renda básica de cidadania não estava incluída no documento oficial.

Bolsonaro perde popularidade

Com a elevação do preço dos combustíveis nas últimas semanas, a Petrobras ficou no centro das críticas ao governo de Jair Bolsonaro, bem como a morte do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira no Amazonas. Esses fatos despertaram temas ligados à Petrobras e ao meio ambiente, ganhando assim destaque no desenvolvimento do texto petista que permanece contrário à privatização da estatal.

A perda de popularidade de Jair Bolsonaro tem sido agravada também pela disparada de preços dos combustíveis. Numa tentativa de conter a alta nos preços, o presidente tem insistido na criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. Parte da base de apoio ao governo, bem como o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tem tentado em vão convencer o Bolsonaro de que esse não é o momento ideal.