O presidente da República e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro [VIDEO] (PL), recebeu R$ 4,9 milhões por meio do Pix de sua campanha eleitoral até o último sábado (17). Desde o dia em que os apoiadores do mandatário iniciaram a movimentação para fazerem doações no valor de R$ 1 ou mais por CPF, aconteceram dificuldades para o repasse, registro e divulgação dos valores no sistema do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) devido ao grande número de transações. As informações são do site Poder 360.

Burocracia

O filho 01 de Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), é coordenador da campanha do pai.

Flávio publicou um pedido de doações de microquantias para a tentativa de reeleição de Jair Bolsonaro no dia 13 de setembro. Porém, o que foi planejado para ser uma demonstração de apoio acabou se tornando um transtorno por causa da dificuldade do processo burocrático.

O sistema do Banco do Brasil ficou travado pelo grande número de pequenas doações, então isto se tornou um problema que precisava ser resolvido. Primeiramente a equipe jurídica teve que listar todas as doações por meio de uma ferramenta própria. Depois de passada essa etapa, somente na terça-feira (20) o TSE achou uma maneira de receber e lançar todas as centenas de milhares de declarações em seu sistema.

Os integrantes da campanha de Bolsonaro têm a esperança de que a situação esteja normalizada, ou seja, que tenha sido feito todo o processamento e divulgação das informações na plataforma de acesso público do TSE em até 4 dias.

Segundo a apuração do Poder 360, dos R$ 4,9 milhões recebidos pelo Pix, R$ 3,9 milhões não foram ainda processados no sistema da Justiça Eleitoral. O valor conta com a quantia acumulada entre os dias 12 a 17 de setembro –período no qual as doações pela internet ganharam força.

Opositores

Além dos problemas encontrados para catalogar e repassar as doações no valor de R$ 1 feitas pelos bolsonaristas ao TSE, o PL ainda encontrou mais um problema.

Opositores de Bolsonaro organizaram um boicote para a doação de valores ainda mais baixos que R$ 1. Sendo assim, a campanha do presidente encontrou ainda mais dificuldades.

Boas intenções

Ainda que os apoiadores do presidente tivessem feito as doações com boas intenções, a iniciativa foi entendida mais como um problema, pois o número de pessoas que contribuíram com apenas R$ 1 foi considerado muito pequeno –cerca de 200 mil– o que acabou não compensando o trabalho que isto gerou.

O segundo problema foi que o resultado financeiro mínimo ainda assim tornou-se problemático devido ao que foi gasto com pessoal e o tempo gasto no processamento das doações, mas depois de passada essa série de problemas, o custo se dilui.