Passada a eleição, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve começar a montar sua equipe de transição ainda nesta semana.

Sai Bolsonaro, entra Lula

A equipe montada pelo chefe do Executivo federal eleito deverá fazer uma análise nos órgãos federais e projetar os primeiros atos do novo mandato, que tem início em 1º de janeiro de 2023. O processo de transição está previsto em lei. Durante sua campanha, Lula chegou a afirmar que um dos seus primeiros atos será acabar com os “sigilos de cem anos” feitos pelo atual presidente Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com a lei, o petista poderá nomear cinquenta pessoas para os cargos especiais de transição. A nomeação deverá ser feita pelo ministro da Casal Civil da Presidência, cargo atualmente ocupado por Ciro Nogueira. Ainda de acordo com a lei, os membros dos órgãos são obrigados a fornecer as informações solicitadas pela comissão de transição. Obviamente, com o clima tenso pela polarização, fica a dúvida se será possível realizar esse processo de transição de forma minimamente dentro da normalidade.

Eleições

Neste domingo (30), o atual presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula travaram uma disputa voto a voto. Ao final, o petista levou a melhor com 60,3 milhões de votos contra 58,2 milhões de Bolsonaro.

Os números representam 50,9% dos votos válidos para Lula e 49,1% para o candidato do PL. O PT venceu a eleição presidencial pela primeira vez em 2002. Dentre as medidas mais bem sucedidas no Governo petista estiveram a criação do Bolsa Família, outras ações sociais, aumento real do salário mínimo e condições para acesso à faculdade.

Em 2018, o ex-presidente acabou preso sob acusação de receber vantagem indevida. Seus processos foram anulados e ele pôde concorrer a eleição deste ano. Em meio a forte polarização, o presidente eleito assume com a difícil missão de tentar apaziguar os ânimos da disputa entre direita e esquerda.