O ex-presidente da República e candidato a retornar ao cargo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) [VIDEO] protocolou na sexta-feira (14) no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) um pedido para que o proprietário da Jovem Pan Antonio Augusto Amaral de Carvalho Filho, o Tutinha, seja investigado por utilização indevida de meios de comunicação. De acordo com Lula, a suposta cobertura favorável dada pela emissora ao atual presidente da República e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) viola dispositivos da Lei Eleitoral. Com informações do portal UOL.
Na ação, os advogados Angelo Ferraro e Cristiano Zanin afirmam que a emissora tem registrado o acréscimo de verbas recebidas do governo federal e patrocínios de empresas lideradas por apoiadores de Jair Messias Bolsonaro desde que se posicionou como voz do bolsonarismo na mídia do Brasil.
A defesa do petista mencionou episódios de atrações em que comentaristas da Jovem Pan atacam Lula e elogiam Bolsonaro, A Jovem Pan declarou ao UOL, que não favorece nenhum candidato à presidência da República. Eles afirmaram que a cobertura jornalística tem isonomia e, até o momento, não possuem pendências na Justiça.
Desde o primeiro dia do mês de outubro, véspera do primeiro turno, o TSE determinou que fossem retirados pelo menos cinco conteúdos divulgados por veículos de comunicação, entre eles o site O Antagonista, o jornal A Gazeta do Povo e é claro, a Jovem Pan. A alegação principal é que os conteúdos apresentam relatos mentirosos contra o petista.
Com isto, candidatos do Partido dos Trabalhadores têm se recusado a serem entrevistados pela emissora.
No mês de agosto deste ano, o programa "Pânico" concedeu quase três horas para Bolsoaro falar sem ser questionado. O vídeo da participação do mandatário já alcançou mais de 3,5 milhões de visualizações no YouTube.
O Google também foi citado em outra ação movida por Lula no TSE, após uma reportagem do jornal Folha de S.
Paulo ter revelado um relatório em que a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) mostrou que o YouTube dava prioridade aos vídeos da Jovem Pan aos usuários da plataforma de vídeos.
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) determinou, na última quarta-feira (12), a exclusão de um vídeo no canal da emissora no YouTube em que a comentarista Cristina Graeml ofende o advogado Cristiano Zanin ao dizer que ele havia agido de forma orquestrada para conseguir resultados positivos para Luiz Inácio nos processos da Lava Jato.
No ano passado, o ministro do Supremo, Edson Fachin, anulou as condenações do ex-presidente Lula na Operação Lava Jato e tornou o petista elegível novamente. Em sua decisão, o magistrado declarou que a 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelos casos da operação, não tinha competência para julgar o caso.