O Presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), fez um breve pronunciamento na tarde desta terça-feira (1º), no Palácio da Alvorada. Foi a primeira vez que o chefe do Executivo federal se manifestou após o segundo turno das Eleições no último domingo (30).

Antes de iniciar o discurso, de cerca de dois minutos, Bolsonaro comentou com o ministro Ciro Nogueira (Casa Civil): “Vão sentir saudade da gente”. A frase, dita em tom sarcástico, já dava a entender que não haveria qualquer contestação do resultado das urnas e que ele aceitaria o resultado.

Ele abriu discurso agradecendo os mais de 58 milhões de votos recebidos e afirmou ter “jogado dentro das quatro linhas da Constituição”, em resposta a quem o acusava de ser antidemocrático.

Ele afirmou ainda que nunca falou em “controlar ou censurar a mídia e as redes sociais” e que como presidente seguirá cumprindo todos os mandamentos da Constituição.

Sobre as manifestações

Outro ponto abordado pelo presidente em seu discurso foram as manifestações que se iniciaram pouco depois do resultado do pleito. Ele afirmou que isso é fruto de “indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral”.

O presidente disse ainda que manifestações pacíficas são bem-vindas, mas que os métodos usados pelos manifestantes de direita "não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedade, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir", deixado nas entrelinhas não ser de acordo com os bloqueios que vêm acontecendo nas estradas por todo o país.

Durante todo o pronunciamento, Bolsonaro não citou o nome do adversário e vencedor das eleições, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Processo de transição

Após o pronunciamento, Ciro Nogueira tomou a palavra e disse que foi autorizado pelo presidente a iniciar o processo de transição. Essa transição será comandada pelo vice-presidente eleito, Geraldo AlckmiN.