Maria Luiza, mulher da alta classe paulistana, aterriza na cidade do Rio de Janeiro, em 1959, um tempo em que não havia arrastões, os morros cariocas eram mais conhecidos por seus sambistas ilustres do que pela violência endêmica. Ou seja, um tempo em que o apelido de "cidade maravilhosa" era mais do que merecido.
Mas Malu, interpretada pela atriz Maria Casedavall, não terá muito tempo para apreciar as maravilhas do Rio de Janeiro, pois ao chegar à cidade ela descobre que seu marido fugiu com todo o dinheiro que o casal iria abrir um negócio.
Agora, Malu, que nunca teve que se preocupar muito com sua situação financeira, terá que provar ser capaz de vencer na vida por conta própria.
Juntam-se à protagonista mais três mulheres que lutam para verem realizados seus desejos, são elas: Adélia (Pathy Dejesus), Lígia (Fernanda Vasconcellos) e Thereza (Mel Lisboa).
Esta é a trama da nova série brasileira da Netflix, "Coisa mais linda", que estreará no serviço de streaming na próxima sexta-feira (22).
Empoderamento feminino
A história envolvendo quatro mulheres em busca de realização profissional e pessoal se contada nos tempos atuais, seria mais uma narrativa contemporânea que mostraria o protagonismo da mulher atualmente, embora ainda estejamos em uma sociedade em que as mulheres não têm o seu valor reconhecido muitas das vezes.
Transpor esta ideia para o final da década de 1950 muda todo o contexto, pois mostra que as mulheres daquela época tiveram que lidar com regras mais sisudas impostas por uma sociedade patriarcal.
A atriz Pathy Dejesus, em evento realizado em São Paulo para o lançamento da série, disse que se surpreendeu ao perceber que a situação atual da mulher não apresenta muitas diferenças em relação ao que é mostrado na série ambientada há 60 anos.
No evento de divulgação da série, que reuniu os protagonistas da produção, o ator Leandro Lima, que interpreta o músico Chico, diz que não se trata de uma série feminista, e sim uma obra que retrata mulheres fortes que estão lutando por seus ideais.
Os temas feminismo e Música estão bem presentes na série criada por Heather Roth e Giuliano Cedroni.
O feminismo visto na tela é contado pelas narrativas de personagens femininas por meio de seus dramas pessoais.
Enquanto que a música aparece em "Coisa Mais Linda" como um pano de fundo num Rio de Janeiro que que viu surgir estrelas como: Tom Jobim, Dolores Duran, Maysa e muitos outros.