O presidente Jair Bolsonaro mais uma vez esqueceu de usar o bom senso e empatia e tomou uma atitude polêmica. Bolsonaro postou uma foto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se dirigindo ao velório do neto Arthur, de sete anos, que faleceu em 2019, para responder as críticas feitas pelo ex-prefeito de São Paulo e seu principal adversário na corrida presidencial de 2018, Fernando Haddad.

Na noite de segunda-feira (06), Haddad publicou em na rede social Twitter, uma crítica em referência às polêmicas envolvendo Bolsonaro e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que vem acontecendo após a crise do Coronavírus: "nunca tinha presenciado um presidente se colocar em ocasião tão humilhante" afirmou Haddad na rede social.

Na tarde desta terça (7), Jair Bolsonaro decidiu responder Haddad de forma polêmica. Para rebater o seu adversário, Bolsonaro postou uma fotografia do ex-presidente Lula em caminho do velório do neto, em 2019, escoltado pela Polícia Federal. Essa atitude de Bolsonaro gerou revolta por parte de uma parcela dos internautas.

Bolsonaro criticado

"Isso é desumano. Usar uma fotografia do dia em que Lula foi ao velório de seu neto, é desumano. Um monstro moral, genocida, incapaz e um fraco.

Jair Bolsonaro se torna pequeno dia após dia, postagem após postagem. Brasil enfrenta um vírus e um verme", falou Kenedy Alencar.

O escritor e humorista Gregório Duvivier também não poupou criticas ao presidente Bolsonaro por atacar o ex-presidente Lula para responder as afirmações do ex-prefeito e candidato a presidência Fernando Haddad.

"Um presidente da república que em paralelo a maior crise de saúde da história do país e do mundo, ao invés de se mobilizar para conscientizar o país, prefere postar foto provocando e respondendo um adversário político abatido após sair do velório do neto de 7 anos. Agora que já removeram a bic desse miliciano e marmita dos milicos, precisa tirar o twitter", escreveu Duvivier.

Tudo isso começou após Fernando Haddad criticar o Bolsonaro por não ter força política para demitir o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta do cargo. "Nunca tinha visto um presidente se mostrar em situação tão humilhante"

Bolsonaro em crise

Desde o início da pandemia causa pelo novo Coronavírus, Bolsonaro vem mostrando certo despreparo e inconsistência no cargo.

Após afirmar que o vírus era uma fantasia, Bolsonaro se viu obrigado a decretar quarentena em boa parte do país, mesmo que contra a sua vontade.

De lá pra cá já foram duas reunião com chefes de estado. A primeira foi com governadores estaduais que, após decretarem quarentena em seus estados, alguns voltaram atrás depois da converso com o presidente. Bolsonaro porém, se mostrou despreparado por não conseguir chegar a um consenso com os governadores, fazendo com que parte de seus eleitores desconfiassem de seu preparo para o enfrentamento ao Coronavírus. Além disso, Bolsonaro promoveu alguns momentos de aglomeração para contrariar a mídia, em alguns momentos onde saiu e cumprimentou populares.

A atitude não só irritou a mídia como autoridades globais.

Bolsonaro e Mandetta

A segunda reunião foi organizada junto a banqueiros e a ministros de seu governo, em destaque o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, que quase foi exonerado do cargo. Ele e Bolsonaro têm conflitos de ideias desde que pandemia se firmou no Brasil, fazendo com que parte de seus eleitores e não eleitores, ficassem ao lado do ministro, criticando a postura arriscada de Bolsonaro.