O presidente Jair Bolsonaro mais uma vez esqueceu de usar o bom senso e empatia e tomou uma atitude polêmica. Bolsonaro postou uma foto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se dirigindo ao velório do neto Arthur, de sete anos, que faleceu em 2019, para responder as críticas feitas pelo ex-prefeito de São Paulo e seu principal adversário na corrida presidencial de 2018, Fernando Haddad.
Na noite de segunda-feira (06), Haddad publicou em na rede social Twitter, uma crítica em referência às polêmicas envolvendo Bolsonaro e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que vem acontecendo após a crise do Coronavírus: "nunca tinha presenciado um presidente se colocar em ocasião tão humilhante" afirmou Haddad na rede social.
Nunca tinha visto um presidente se colocar em situação tão humilhante.
— Fernando Haddad (@Haddad_Fernando) April 7, 2020
Na tarde desta terça (7), Jair Bolsonaro decidiu responder Haddad de forma polêmica. Para rebater o seu adversário, Bolsonaro postou uma fotografia do ex-presidente Lula em caminho do velório do neto, em 2019, escoltado pela Polícia Federal. Essa atitude de Bolsonaro gerou revolta por parte de uma parcela dos internautas.
https://t.co/DW6qTzfVMU pic.twitter.com/sBwTWmsd4K
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) April 7, 2020
Bolsonaro criticado
"Isso é desumano. Usar uma fotografia do dia em que Lula foi ao velório de seu neto, é desumano. Um monstro moral, genocida, incapaz e um fraco.
Jair Bolsonaro se torna pequeno dia após dia, postagem após postagem. Brasil enfrenta um vírus e um verme", falou Kenedy Alencar.
Desumano usar a imagem do dia em que Lula foi ao velório do neto. Monstro moral, genocida, incapaz, fraco. Bolsonaro se apequena dia após dia, tuíte após tuíte. Brasil enfrenta o vírus e o verme https://t.co/CPvpUd2i9n
— Kennedy Alencar (@KennedyAlencar) April 7, 2020
O escritor e humorista Gregório Duvivier também não poupou criticas ao presidente Bolsonaro por atacar o ex-presidente Lula para responder as afirmações do ex-prefeito e candidato a presidência Fernando Haddad.
"Um presidente da república que em paralelo a maior crise de saúde da história do país e do mundo, ao invés de se mobilizar para conscientizar o país, prefere postar foto provocando e respondendo um adversário político abatido após sair do velório do neto de 7 anos. Agora que já removeram a bic desse miliciano e marmita dos milicos, precisa tirar o twitter", escreveu Duvivier.
um presidente da república que em meio a maior crise de saúde da história em vez de unir o país, prefere postar foto tripudiando de um adversário político abatido saindo do velório do neto de 7 anos. agora que já tiraram a bic desse miliciano marmita de milico, só falta o twitter https://t.co/H6lp1k5FxG
— Gregorio Duvivier (@gduvivier) April 7, 2020
Tudo isso começou após Fernando Haddad criticar o Bolsonaro por não ter força política para demitir o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta do cargo. "Nunca tinha visto um presidente se mostrar em situação tão humilhante"
Bolsonaro em crise
Desde o início da pandemia causa pelo novo Coronavírus, Bolsonaro vem mostrando certo despreparo e inconsistência no cargo.
Após afirmar que o vírus era uma fantasia, Bolsonaro se viu obrigado a decretar quarentena em boa parte do país, mesmo que contra a sua vontade.
De lá pra cá já foram duas reunião com chefes de estado. A primeira foi com governadores estaduais que, após decretarem quarentena em seus estados, alguns voltaram atrás depois da converso com o presidente. Bolsonaro porém, se mostrou despreparado por não conseguir chegar a um consenso com os governadores, fazendo com que parte de seus eleitores desconfiassem de seu preparo para o enfrentamento ao Coronavírus. Além disso, Bolsonaro promoveu alguns momentos de aglomeração para contrariar a mídia, em alguns momentos onde saiu e cumprimentou populares.
A atitude não só irritou a mídia como autoridades globais.
Bolsonaro e Mandetta
A segunda reunião foi organizada junto a banqueiros e a ministros de seu governo, em destaque o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, que quase foi exonerado do cargo. Ele e Bolsonaro têm conflitos de ideias desde que pandemia se firmou no Brasil, fazendo com que parte de seus eleitores e não eleitores, ficassem ao lado do ministro, criticando a postura arriscada de Bolsonaro.