O presidente da República Jair Messias Bolsonaro (sem partido) reconduziu para o cargo de conselheiro da Itaipu Binacional o ex-ministro Carlos Marun (MDB), Marun vem a ser um dos mais fiéis apoiadores do ex-presidente da República Michel Temer. Além do aliado de Temer, mais cinco outros conselheiros tiveram suas nomeações publicadas em edição extra do Diário Oficial da União nesta última sexta-feira (15). As informações são da Folha de S.Paulo.
Jair Bolsonaro vem buscando apoio do grupo de partidos conhecidos como centrão. Recentemente, o presidente tem distribuído cargos para estas legendas em troca de apoio no Congresso Nacional para, desta maneira, conseguir evitar que seja aberto contra ele um processo de impeachment.
No Governo de Michel Temer, Carlos Marun estava no comando da Secretaria-Geral da Presidência. Ele foi indicado para Itaipu no último dia do mandato de Temer. O término do mandato do aliado de Michel Temer na Itaipu Binacional terminou neste sábado (16), com a decisão de Bolsonaro de renovar o mandato, o ex-ministro poderá ficar no cargo até 2024.
Relembrando
Na época em que foi deputado federal, Marun era aliado do então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB-RJ). No início do ano passado, o presidente Jair Bolsonaro cogitou suspender a nomeação do medebista, porém, de acordo com o outrora ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), o líder do poder Executivo resolveu deixar Carlos Marun no cargo em respeito a uma decisão do antecessor de Bolsonaro, Michel Temer.
Com a aproximação do centrão e do MDB do governo de Jair Bolsonaro, nos últimos meses Carlos Marun vinha trabalhando sua recondução para Itaipu. Baleia Rossi, presidente do partido levou Marun para reuniões no Palácio do Planalto.
Centrão
Partidos como: PP; PL e Republicanos estão encarregados de gerenciar a distribuição de cargos que está sendo feita pelo governo federal para atrair partidos menores para formarem uma base de apoio mais forte de Jair Bolsonaro no Congresso Nacional.
Velha política
Uma das promessas de campanha do então candidato a presidente Jair Bolsonaro era acabar com o que ele chamava de “velha política”, que tinha como característica o toma lá, dá cá. Jair Bolsonaro então caiu em contradição quando nas últimas semanas vem negociando com partidos do centrão a distribuição de cargos de segundo e terceiro escalão no governo federal.
Enquadramento
Relatos de líderes de partidos do centrão afirmam que Bolsonaro enquadrou ministros que se opuseram a conceder cargos em suas pastas para abrigar indicados do centrão. O presidente teria deixado claro que quem se opusesse estaria fora do governo.