Estreou na Netflix na quarta-feira (16) um dos filmes mais aguardados do mês de setembro, a produção de 138 minutos "O Diabo de Cada Dia" (The Devil All the Time).
O longa-metragem vinha sendo ansiosamente aguardado por boa parte do público por reunir astros que participam de filmes de super-heróis.
O protagonista do longa é Tom Holland, que é o atual Homem-Aranha no Cinema. Já Sebastian Stan é o intérprete do Soldado Invernal nos filmes do MCU (Universo Cinematográfico Marvel).
O filme, dirigido por Antonio Campos, ainda tem a participação de Robert Pattinson, que em breve será visto como Batman/Bruce Wayne em "The Batman".
Equívocos e decepção
Desde que foi anunciado, o filme vinha sendo classificado por muitos sites como sendo um filme de terror.
Talvez este equívoco tenha sido causado por causa do seu título e a presença do personagem de Pattinson, que interpreta, de maneira magistral, um pastor inescrupuloso.
Outro ponto que talvez vá decepcionar os fãs dos já citados astros é o relativamente pouco tempo de tela que eles têm.
O filme é inspirado no livro de Donald Ray Pollock. O roteiro foi escrito pelo próprio diretor e seu irmão Paulo Campos.
A trama se interessa mais em contar a história de vários personagens do que em dar protagonismo a somente uma figura.
A trama
O filme tem um narrador onisciente, interpretado pelo próprio autor do livro, que foi convidado pelo diretor para participar a trama.
A trama recheada de morte, vingança e fé se inicia com Willard (Bill Skarsgärd) no final da década de 1950.
O veterano da Segunda Guerra Mundial tem uma bagagem de dor e violência que veio com suas experiências vividas na guerra e passou para seu filho estas influências, além de uma visão deturpada da fé.
Seu filho Arvin (Tom Holland) então cresce em meio a isso e também tem que viver com as perdas de seu pai e sua mãe.
Neste universo ainda tem relevância na trama o xerife Lee (um Sebastian Stan quase irreconhecível) e o casal de serial killers Carl (Jason Clarke) e Sandy (Riley Keough).
As tramas destes e outros personagens em um primeiro momento parecem ser aleatórias. Mas elas acabam por se cruzar.
Ainda que o filme tenha atuações convincentes, como o bom trabalho em relação ao sotaque de regiões rurais dos Estados Unidos, a saga do jovem Arvin não vem agradando à crítica especializada.
O filme tem um ritmo cadenciado que, apesar das sequências bem violentas, não banaliza estas partes mais chocantes, o que contribui para aumentar o impacto destas sequências.
Ainda que fique claro que a intenção do longa seja mostrar o quão danoso é o fanatismo religioso, a queixa de alguns sites é que a trama não foi bem sucedida em mostrar motivações mais claras para os personagens fazerem o que fazem.