A Blumhouse Production é uma produtora de Cinema conhecida principalmente por seus filmes de terror e suspense. Entre os vários sucessos de público e/ou crítica estão: "Corra" (2017), "Fragmentado" (2016), "Vidro (2019), "Nós" (2019) e muitos outros.

A Blumhouse Television, o braço da produtora para filmes televisivos, como o próprio nome entrega, tem um contrato com a Amazon Prime Video para a produção de filmes de terror e suspense que estão sendo lançados em outubro, mês do feriado de Halloween.

A parceria entre a Blumhouse Television e a Amazon Studios já rendeu o fraco "Mentira Incondicional", filme de 2018, mas que foi lançado este ano na Amazon Prime Video, e o interessante "Caixa Preta" (2020).

Agora, a nova leva de filmes da chamada "Coletânea do Terror", estreou na terça-feira (13) "Mau-Olhado" (Evil Eye).

Diversidade

Vários filmes da produtora apostam na diversidade cultural e étnica, exemplos disso está em obras como "Corra!" e "Nós".

Dentre os filmes da "Coletânea do Terror" se tem o exemplo de "Caixa Preta", e isto também pode ser visto em "Mau-Olhado".

O filme é estrelado pela atriz inglesa Sarita Choudhury, um rosto conhecido em produções de Hollywood por estar presente em várias filmes para cinema e televisão, além de também ter feito várias aparições em séries.

Ela interpreta Usha Kharti, mãe da quase balzaquiana Pallavi Kharti (Sunita Mani) e é casada com o personagem do ator do Sri Lanka Bernard White.

O ator de 61 anos, assim como a protagonista, também é reconhecido por seus papéis menores em vários filmes.

Enquanto seus pais vivem em Nova Delhi, na Índia, Pallavi mora em New Orleans, Estados Unidos. Mãe e filha conversam por telefone diariamente.

Usha tem uma fixação em arrumar um marido para a filha, esta obsessão por ver a filha casada é tratada no filme quase como uma situação que poderia ser vista em uma comédia romântica.

A protagonista arruma um enontro para a filha, quando "Pallu" vai se encontrar com o rapaz, este se atrasa e ela acaba conhecendo o personagem de Omar Maskati e os dois acabam se tornando namorados.

Usha tem um trauma em sua vida. Há trinta anos, ela teve um namorado que a atacou violentamente e que depois acabou morrendo. Ela acredita que o namorado da filha seja a reencarnação deste abusador.

E assim o filme vai construindo sua trama de suspense em que os parece que nem roteiro, direção e os atores querem convencer o público de nada daquilo quer contar.

Também os possíveis elementos sobrenaturais da trama não são explicados, seria bem-vinda à produção até mesmo alguma espécie de ritual macabro absurdo que pudesse explicar o porquê de Usha acreditar em uma situação, aparentemente, tão inverossímil.

Sem suspense e sem terror, só resta ao filme um drama que mostra a relação de autos e baixos entre mãe e filha, e nem isto é exatamente agradável de se ver, no final das contas, o filme explica de forma, exageradamente, didática sobre o que se trata a trama, ele fala sobre empoderamento feminino.

O filme dirigido por Elan Dassani e Rajeev Dassani mostra que diversidade por si só não irá fazer com que uma produção seja interessante. O longa-metragem é uma total perda de tempo.