O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), deu na última segunda-feira (11) uma ótima notícia para os CACs, sigla para colecionadores, atiradores esportivos e caçadores.

Enquanto o país já ultrapassou a marca de 200 mil pessoas que morreram por causa do novo coronavírus, a empresa automobilística Ford anunciou que irá deixar o país, entre outros sérios problemas que o Brasil está passando, o mandatário escolheu como tema relevante se ocupar da questão das armas no país.

Pelo menos neste caso, os eleitores de Jair Bolsonaro não podem acusar o presidente de estelionato eleitoral, pois esta sempre foi uma bandeira defendida por ele.

Agora quando o mandatário tem assuntos mais urgentes para serem tratados, Bolsonaro fez o anúncio na segunda-feira (11) que deverão ser assinados pelo menos três decretos que irão flexibilizar as regras para o registro, a posse, o porte e a comercialização de armas para os CACs.

O marido de Michelle Bolsonaro deu a notícia para apoiadores na porta do Palácio da Alvorada. Ele acrescentou que os decretos devem sair nos próximos dias.

Bolsonaro fez a declaração poucos dias depois de o site BBC Brasil News informar que no ano passado a Polícia Federal (PF) fez o registro de quase 180 mil novas armas de fogo.

O número recorde de registros de armas de fogo foi influenciado pelas medidas tomadas pelo Governo Bolsonaro, que tornou mais fácil o acesso às armas.

O número de armas que foram registradas em 2020 representa 91% a mais do que foi contabilizado em 2019, quando foram registradas pouco mais de 94 mil armas de fogo.

Parece que para o presidente da República o número de armas que foram disponibilizadas em 2020 ainda não está bom.

Bolsonaro declarou que ainda é pouco e que este número precisa aumentar ainda mais.

O morador do Palácio da Alvorada disse que o país bateu o recorde do número de armas que foram comercializadas em relação ao ano de 2019, mas que este número ainda é pequeno, precisa aumentar, pois o "cidadão de bem" por muito tempo "foi desarmado".

22 de abril

O vigésimo segundo dia do mês de abril de 2020 mostrou quais são as intenções do atual líder do Executivo do Brasil.

Bolsonaro neste dia declarou em uma reunião ministerial que seu desejo era o de ver a população armada, pois dessa maneira, segundo a lógica do presidente, o povo armado teria condições de impedir uma ditadura no país.

Na mesma reunião, Bolsonaro se dirigiu para seu ministro da Defesa e seu ministro da Justiça e Segurança Pública para reforçar seu desejo. Por sorte nenhum deles deu atenção para a teoria sem lógica de Bolsonaro.