Após ser eleito pelo consórcio de jornalistas internacionais que fazem parte do Organized Crime and Corruption Reporting Project (OCCRP) como a “Personalidade Corrupta do Ano”, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) rebateu a imprensa e chamou a Rede Globo de vergonha nacional.

Bolsonaro fez questão de citar supostos dados do Ministério da Justiça e falar sobre o caso em que Dario Messer revelou que repassava milhões de dólares para os irmãos Marinhos, os quais são donos da emissora Globo que na época negou as acusações.

O presidente disse durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais que realizou nesta quinta-feira (31), que não existe corrupção em seu Governo e garantiu que a Polícia Federal trabalha de forma independente, se referindo à acusação feita pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolsonaro disse para os jornalistas que o classificaram como corrupto que ele pode até ser o corrupto do ano e que tal notícia ainda ganha prestígio da imprensa brasileira que faz questão de divulgar. Em seguida ele rebateu ao afirmar que os dados do Ministério da Justiça provam o contrário, pois o Brasil não registra casos de corrupção há 2 anos.

O presidente mencionou que foi acusado de interferir na gerência da PF, mas que nada foi comprovado contra ele. Bolsonaro disse ter imaginado que o grupo (Globo) estava pensando no depoimento prestado por Messer que afirmou que os irmãos Marinhos desviaram milhões em propina e afirmou que o caso Marinho é uma vergonha nacional. "Caso Marinho é vergonha nacional", disse.

Bolsonaro disse também que a Globo insiste em ficar publicando matéria sobre as investigações das “rachadinhas” envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) e seu ex-assessor Fabrício Queiroz. O senador nega as acusações.

A Globo foi acusada de supostamente responder processo por ter sido acusada de descumprir uma ordem judicial que a impedia de estar noticiando matérias sobre o caso.

No entanto, não foi divulgada qual foi a matéria que levou a emissora a descumprir tal medida.

Sobre os últimos acontecimentos, mais uma denúncia foi direcionada ao caso. A revista Época divulgou que a Abin (Agência Brasileira de Inteligência), que é comandada por Alexandre Ramagem, criou relatórios para auxiliar na defesa de Flávio Bolsonaro a anular o caso “rachadinha”.

A acusação foi negada pela instituição.

Bolsonaro já criticou Globo outras vezes

A grande mídia sempre foi um desafeto de Bolsonaro, em especial a Rede Globo, a qual ele sempre criticou pela maneira como divulga as notícias a seu respeito. O presidente também evita falar com repórteres da emissora por achar que a emissora é tendenciosa.

No entanto, a Globo sempre deixou claro que seu jornalismo é totalmente parcial e que seu único objetivo é informar a pessoas sobre o que vem acontecendo de mais importante no mundo.