A Netflix estreou na última sexta-feira (21) “Army of the Dead – Invasão em Las Vegas”, o novo filme do diretor Zack Snyder. O cineasta também escreveu o roteiro ao lado de Joby Harold e Shay Hatten. Snyder também atuou como produtor e diretor de fotografia do longa-metragem de duas horas e meia.

O elenco é encabeçado por Dave Bautista ("Guardiões da Galáxia"), Huma Qureshi, Ella Purnell, Ana de la Reguera, Omari Hardwick, Hiroyuki Sanada, Raul Castillo, Nora Arnezeder, Matthias Schweighöfer, Garrett Dillahunt, Theo Rossi e também a dublê Samantha Win.

A trama

O filme mostra em seu início um comboio militar saindo da Área 51 que está transportando uma carga altamente sigilosa que nem mesmo os próprios militares envolvidos no transporte sabem qual é o conteúdo do container que estão transportando. Após um acidente de carro, o container tomba, e os soldados descobrem que o que eles estavam transportando era um zumbi que acaba por infectar todos os soldados que estavam envolvidos na operação.

Pouco tempo depois, é mostrado que toda Las Vegas foi infectada e se tornou uma nação de zumbis, e o governo dos Estados Unidos isolou a cidade e assim, o restante do país pôde viver tranquilamente. Neste contexto, o filme apresenta Scott, (Bautista) um ex-militar que recebe uma proposta milionária para invadir o cofre de um cassino para roubar todo o dinheiro que está abandonado no local.

O maior fator complicador da operação é que o governo pretende bombardear o local para acabar de vez com a ameaça zumbi, então Scott e a equipe que monta para a operação têm apenas 32 horas para cumprirem o trabalho.

Filme de zumbi

Como visto acima, “Army of the Dead – Invasão em Las Vegas” não quer enganar ninguém, se trata apenas de mais um filme de zumbi com uma premissa inverossímil, e não há nenhum mal nisso.

Mas como se trata de um filme de Zack Snyder, pode se esperar altas doses de egocentrismo, pois o diretor realmente parece achar que se trata de uma espécie de gênio da sétima arte.

O autoindulgente Snyder logo nos créditos iniciais mostra uma sequência do grupo comandado pelo protagonista em uma missão de resgate em Las Vegas, com o uso de câmera lenta, recurso adorado pelo diretor, se a intenção foi mostrar ao público o vínculo de amizade entre aquele grupo, a ideia não funcionou.

Ainda nessa mesma sequência, o diretor parece querer dizer que o tom de sua obra será de galhofa, tal qual um “Zumbilândia”, filme de 2009 de Ruben Fleischer. Mas isso parece ser pouco para a pseudo-genialidade de Zack Snyder, que também quis incorporar elementos dramáticos à sua obra. O problema é que além de o filme ter um roteiro fraco, o elenco é formado por atores pouco conhecidos e que mostraram um trabalho aquém das pretensões criativas de Snyder.

Dave Bautista não convence como um homem amargurado e para piorar a situação, a trama tenta criar situações dramáticas desnecessárias para o protagonista, o que evidencia ainda mais a canastrice do ator. Com sua nova obra, Snyder só confirma que é um cineasta que tem uma visão artística, mas que repetidamente mostra ao público que não é um bom contador de histórias.