O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), faltou com a verdade quando declarou que os brasileiros voltaram a trabalhar e estudar em “plena segurança” durante a pandemia do coronavírus. Jair Bolsonaro ainda declarou que o Brasil está vivendo, finalmente, “em condições de plena normalidade”. A declaração foi feita na quinta-feira (8), na 58ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados. Nesse evento, a Argentina passou a gestão do bloco para o Brasil.
A verdade
Diferentemente do que foi dito pelo presidente do Brasil, cidades de todo o país debatem se é seguro voltar às aulas presenciais em meio à pandemia da Sars-Cov-2.
São poucos os estados brasileiros que determinaram que fosse feita uma retomada aos poucos das aulas presenciais. São Paulo é um desses estados. No caso do estado governado por João Doria (PSDB), os municípios poderão determinar, de maneira independente, a forma como as aulas serão retomadas.
Organizações como a OMS (organização Mundial de Saúde) e a OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde) continuam a recomendar que se faça o distanciamento social para que se reduza o número de pessoas infectadas até que todos estejam totalmente imunizados contra a Covid-19.
Mais de mil mortes por dia
O Brasil ainda registra mais de mil óbitos diários por causa da Covid-19. Mesmo com o alto número de mortos, o país teve na última quarta-feira (7) a menor média de mortes no período de quatro meses – 1.481 mortes.
O índice, no entanto, ainda é alto. As informações são do consórcio de veículos de comunicação, com dados obtidos junto às secretarias estaduais de saúde.
Críticas à Argentina
O presidente Jair Bolsonaro criticou o comando do bloco pelo presidente da Argentina, Alberto Fernández. Bolsonaro fez cobranças por acordos com maior flexibilização da economia.
A fala do presidente brasileiro aconteceu após Fernández ter defendido o consenso nas relações comerciais entre os países do Mercosul. O presidente Bolsonaro fez a promessa de modernizar o bloco.
Brasil versus Argentina
Bolsonaro e Fernández trocaram farpas durante a cúpula. Com visões contrárias sobre os principais pontos de impasse do bloco, os dois mostraram seus pontos de vista em suas declarações com indiretas um contra o outro.
O líder do Executivo da Argentina por diversas vezes em seu discurso usou a palavra “consenso”. Bolsonaro abriu sua fala com um ato falho. O ocupante do Palácio da Alvorada acabou falando “pandemia brasileira” quando quis se referir à presidência brasileira na cúpula.