O Governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é repleto de figuras estranhas que são chegadas a uma teoria conspiratória, como é o caso do próprio amigo de Fabrício Queiroz, que também tem um pé, ou os dois, numa espécie de realidade alternativa. A facada que o então candidato à presidência da República sofreu no dia 6 de setembro de 2018 de Adélio Bispo gerou diversas teorias conspiratórias entre apoiadores do presidente e até mesmo entre opositores do líder do Executivo, muitos dos quais acreditam que a facada se tratou de uma encenação.
O maior enigma do atentado sofrido por Bolsonaro é saber se havia um mandante para o crime. As investigações da Polícia Federal (PF) chegaram à conclusão que Adélio Bispo agiu sozinho. A Justiça concluiu que Adélio Bispo sofre de um transtorno mental e, sendo assim, é inimputável, ou seja, não tem capacidade de entender que cometeu um crime e não pode responder por seus atos.
Na ocasião, Adélio afirmou que o motivo que o levou a tentar matar o então candidato à Presidência da República era por que Bolsonaro era um “impostor”. Adélio também revelou que tinha desejo de matar o ex-presidente Michel Temer (MDB).
Joice Hasselmann
Jair Bolsonaro não pareceu muito convicto da decisão da Justiça e sempre insinuou que havia um mandante para o atentado que sofreu.
Quase três anos depois, o assunto parecia estar enterrado, com o presidente da República se dedicando a outras teorias conspiratórias, como a Fake News que vem espalhando de que houve fraude na eleição de 2018.
A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) voltou a tocar no assunto em uma live na última sexta-feira (2). A parlamentar, ex-apoiadora de Jair Bolsonaro, afirmou em uma transmissão ao vivo promovida pelo site DCM que teria ouvido do próprio Bolsonaro, poucos dias antes do primeiro turno da disputa eleitoral de 2018, a seguinte declaração: “se eu tomasse facada, ganhava a eleição”.
Também participaram da live o advogado Aurélio de Carvalho e o historiador Vinicius Carvalho.
A ex-líder do governo e hoje desafeto do presidente disse que não possuía informações sobre o que realmente teria acontecido, porém, “alguns fatos” lhe causaram apreensão após o ocorrido. Ela relatou que acompanhava Bolsonaro em vários eventos da campanha para a presidência e sempre sugeria que ele usasse colete à prova de balas.
No retorno de um desses eventos, Jair Bolsonaro teria afirmado que se fosse esfaqueado, iria ganhar a eleição, o que acabou acontecendo. Disse a parlamentar que declarou ainda que chegou a sonhar com Bolsonaro sendo baleado.
