Após receber alta médica na manhã deste domingo (18), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) saiu do Hospital Vila Nova Star, na zonal sul de São Paulo. Ele estava internado na unidade hospitalar desde a última quarta-feira (14) para fazer o tratamento de uma obstrução intestinal.
Após deixar o hospital, Bolsonaro seguiu para o aeroporto Congonhas e embarcou para Brasília. Lá ele desembarcou na Base Aérea e foi direto para a residência oficial da presidência da República, o Palácio da Alvorada. Até o momento, o mandatário não tem compromissos oficiais em sua agenda para o domingo e nem para a segunda-feira (19).
Sem máscara
O chefe do poder Executivo saiu do hospital por volta das 9h50 e conversou brevemente com jornalistas. Diante dos microfones, ele tirou a máscara de proteção contra o coronavírus e voltou a dizer que somente Deus pode retirar a presidência da República dele. Bolsonaro também aproveitou a ocasião para fazer criticas à CPI da Covid no Senado e ainda comentou sobre tratamentos alternativos e sobre o voto impresso.
CPI
Sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga as ações e omissões do Governo federal na gestão da pandemia do coronavírus. Bolsonaro negou que existe um gabinete paralelo que o aconselhava sobre temas ligados à Covid-19. Segundo o presidente, o objetivo da investigação seria o de prejudicar o seu governo e se trata de uma narrativa da oposição para manchar sua imagem.
Mais um remédio
Ao que parece, Jair Messias Bolsonaro está cada vez mais convicto de que as vacinas não são eficazes contra o Sars-Cov-2. Defensor convicto de medicamentos como hidroxicloroquina e cloroquina – os dois medicamentos foram desacreditados por uma comissão do Ministério da Saúde como sendo eficazes contra o coronavírus - entre outros, Bolsonaro agora escolheu outro remédio para sair em defesa contra a Covid-19.
O mandatário pediu que fossem feitos no Brasil estudos sobre a proxalutamida, remédio usado para o tratamento de diferentes tipos de câncer, como por exemplo, câncer de próstata, o presidente disse que está acompanhando estudos que estão sendo feitos no mundo sobre o medicamento.
No momento, a proxalutamida está sendo investigada e ainda não está sendo comercializada.
Sua utilização para a Covid-19 não recebeu aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), FDA (órgão regulador dos Estados Unidos) ou quaisquer outras agências regulatórias no mundo.
Segundo o presidente, durante o tempo em que esteve internado teve acesso a estudos — sem dizer quais — do CDC (Centro de Controle de Doenças) dos EUA que diziam que as principais vítimas da Covid-19 são cidadãos obesos, seguidos de quem está tomado pelo pavor ou pânico, reafirmando o discurso adotado desde 2020 contra o distanciamento social.