Estreou na última quarta-feira (3), na Netflix, a segunda temporada da série “Bom dia, Verônica”. Nesta segunda leva de episódios o público vai conferir como a protagonista vivida por Tainá Müller irá lidar com a rede de corrupção que descobriu na primeira temporada. Agora dada como morta, Verônica tentará de tudo para descobrir a verdade e assim poder voltar para sua família. Durante a investigação, ele descobre uma ligação entre o orfanato em que Brandão (Eduardo Moscovis) cresceu e Matias (Reynaldo Gianecchini), um missionário que construiu um império criminoso explorando a fé de seus fiéis.
Anteriormente
Como visto no final da primeira temporada, a escrivã da Polícia Civil de São Paulo Verônica Torres foi dada como morta. Agora ela retorna utilizando o nome de Janete (o mesmo nome da personagem vivida por Camila Morgado na primeira parte da saga) para dar continuidade a sua luta contra a violência contra as mulheres.
Vilões
Em 2020, quando a série estreou, o público ficou impressionado com o aterrorizante vilão, o tenente-coronel da PM Carlos Brandão. Em uma ótima interpretação, Eduardo Moscovis construiu um serial killer aterrorizante e repulsivo. Reynaldo Gianecchini também não faz feio nesta nova temporada da produção baseada na obra de Raphael Montes e Ilana Casoy.
Matias é um líder religioso que se aproveita da fé das pessoas para cometer diversos crimes e com isso se tornou líder de uma máfia que tem tentáculos até mesmo dentro da polícia.
Além de abusador de mulheres, Matias também está envolvido em atividades como o tráfico de meninas.
Klara Castanho
A atriz vive Ângela, adolescente de 16 anos que sofre abuso sexual e psicológico do próprio pai, Matias. A participação da atriz na série se tornou um tema delicado após ela ter revelado que sofreu um abuso na vida real.
As cenas protagonizadas por ela e Gianecchini são angustiantes. A Netflix afirmou que não foi cortada nenhuma cena da atriz na trama. Além da própria filha, o vilão também abusa da esposa, Gisele (Camila Márdila), praticando com as duas o chamado gaslighting, que é quando o abusador tenta fazer com que a vítima duvide de sua própria sanidade.
Do elenco da primeira temporada estão de volta: Prata (Adrian Garib); Nelson (Silvio Guindane), ambos agentes da polícia que ajudam Verônica, Anita (Elisa Volpato), a delegada corrupta que persegue a protagonista; Paulo (César Mello), ex-marido da protagonista; Rafa (DJ Amorim) e Lila (Alice Valverde) os filhos de Verônica com Paulo.
Às pressas
A nova temporada de “Bom dia, Verônica” continua relevante pela maneira corajosa que aborda um tema espinhoso como o abuso de mulheres. Nessa segunda parte a trama ainda trouxe outro tema pesado, que não será dito neste texto para não revelar uma informação chocante do final da temporada.
Porém, a obra, ao contrário da temporada anterior, parece querer impressionar o público com (nada impressionantes) cenas de ação, que acabam por fazer a série correr o risco de cair para o trash, ao tentar emular cenas vistas em produções de Hollywood. A história se desenvolve em um ritmo acelerado, que faz com que aconteçam muitas facilitações de roteiro que quase colocam tudo a perder.