Cuidar dos filhos é o dever de todas as mães, mas, em alguns casos, não é exatamente isso o que acontece. Filhos que deveriam ser protegidos por seus pais acabam vivendo um verdadeiro pesadelo nas mãos daqueles que o colocaram no mundo.

Como aconteceu com uma Mulher de 25 anos que trabalha como vendedora na cidade de Itaquirái, no Mato Grosso do Sul. Ela está sendo acusada de jogar seu bebê recém-nascido em uma represa que fica na propriedade de seu pai.

A mulher estava grávida e não contou a ninguém. Além de esconder da sua família, escondeu a gravidez também de seus filhos, e não fez o pré-natal para que não descobrissem.

Quando chegou o dia do parto, ela mesma trouxe a criança ao mundo sozinha, no banheiro de sua casa. Quando teve o bebê, ela mesma cortou o cordão umbilical e embrulhou o filho em uma coberta, mas não procurou um hospital para receber os devidos cuidados pós-parto para a criança ser examinada por um pediatra.

A jovem era portadora de HIV, mas igualmente ninguém sabia, e, por esse motivo, ela queria se livrar da criança, pois sabia que o bebê poderia nascer com a a doença. Ela é mãe de duas outras crianças e uma delas também possui o vírus HIV. A mulher então, já decidida a sumir com a criança, foi com o filho mais novo até a represa e o desembrulhou da coberta em que estava enrolado, e o jogou na água na frente do filho mais novo.

Dois dias depois em que ela deu a luz, um bebê foi encontrado na represa pelo próprio pai da jovem, o avô do bebê. O homem chamou seu vizinho, e os dois ligaram para a Polícia, que veio rapidamente resgatar o corpo do bebê da represa. Ele não imaginava que a criança era seu neto. A polícia então iniciou uma investigação e descobriu que foi a mãe de 25 anos a verdadeira autora do crime.

Um momento em que ela classificou como bobeira

Quando foi interrogada, ela disse que aquilo foi “um momento de bobeira”, e que estaria arrependida de ter jogado o filho na água, mas que só o fez porque sabia que a criança seria portadora do vírus HIV. Também, ela não revelou quem era o pai da criança, mas, à polícia, que seu filho nasceu vivo e chorando, e que no momento em que ela o levou para jogar na água, ele não respirava mais.

A mãe foi ouvida pela polícia, que colheu seu depoimento, e logo depois foi liberada porque não possui antecedentes criminais. As informações, porém, são de que ela deverá responder criminalmente por homicídio qualificado por motivo torpe e ocultação de cadáver, fazendo com que a pena aumente, pelo fato de a vítima, o bebê recém-nascido, ser uma criança menor de 14 anos. Edson Ruiz Ubeda é o delegado responsável por esse caso.