Após matar a namorada com um tiro, o qual alegou ter sido acidental, o agente penitenciário Francisco Moacir Nunes Junior, de 37 anos, viajou com o corpo da mulher até a cidade de Itapetininga, no interior de São Paulo, para se despedir de sua família e logo em seguida tirou a própria vida, também com um tiro.

O casal estava junto há um ano e meio e morava em um apartamento na cidade de Sorocaba, nas imediações da avenida São Paulo. Na semana passada, eles tiveram uma briga e Iara o expulsou de casa. No sábado (23), ele a procurou na tentativa de reatar a relação e no meio da discussão ocorreu o tiro que matou a mulher.

Ele então colocou o corpo em um carro que havia alugado e viajou até a cidade de Itapetininga, onde residem seus familiares, relatando o que tinha acontecido e pediu perdão a todos. Os parentes perceberam que ele estava muito nervoso e tentaram impedir que ele deixasse a casa, no entanto Nunes deixou o local pulando o muro.

Pouco depois, os familiares escutaram um disparo e ao saírem na rua, encontraram-no caído ao lado do carro e o corpo da mulher dentro do veículo. Os Bombeiros ainda foram chamados, mas encontram o agente já sem vida ao chegarem.

Em áudio, agente diz que tiro foi acidental

Pouco antes de cometer o suicídio, Nunes enviou um áudio aos familiares, onde detalhou o que tinha motivado a briga com a namorada.

Os desentendimentos começaram quando Iara encontrou no aparelho celular do agente algumas mensagens e vídeos trocados com uma garota de programa. Por conta disso, ainda de acordo com ele, ela o expulsou de casa e jogou suas coisas na rua. “Por causa da foto fez um inferno. Me mandou embora”, disse ele.

Ele também descreveu o momento que aconteceu, de acordo com sua versão, o tiro acidental que acabou matando Iara.

“Eu saquei a arma, ela pegou junto e acabou acontecendo um disparo acidental”, disse ele, garantindo que o disparou foi acidental.

Desespero

A irmã de Nunes contou que um dia antes de ocorrer o suicídio, ele havia entrado em contato com ela, afirmando que Iara o tinha colocado para fora de casa e que estava desesperado, pois não tinha onde ficar.

Ela disse ainda que o irmão alugou um carro e foi até São Paulo atrás da namorada. Após ele contar o que tinha acontecido, os familiares pediram para ele ficar calmo e contar sua versão.

O caso será encaminhado para a Delegacia de Defesa da Mulher. A Polícia apreendeu a arma de fogo e o colete a prova de balas usado por Nunes. A polícia ainda não sabe onde aconteceu o disparo que matou a mulher.