Após esconder a gravidez dos familiares e realizar o parto no apartamento onde vivia, uma Mulher de 22 anos é suspeita de ter arremessado a filha recém-nascida pela janela do segundo andar. O bebê foi encontrado morto. A suspeita confessou o crime e foi presa em flagrante. O caso aconteceu na tarde do último domingo (17), no bairro Jardim Planalto, na cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte.
A mulher suspeita do crime foi identificada como Emilly Karoline Farias Barbalho. Ela estava em seu sétimo mês de gestação quando deu à luz de forma prematura no banheiro do apartamento.
Com a criança ainda com o cordão umbilical, ela a teria arremessado da janela. O bebê foi encontrado na área comum do prédio por moradores que passavam pelo local e acionaram a Polícia. O local passou por perícia e o corpo foi levado ao Itep-RN (Instituto Técnico- Científico de Perícia do Rio Grande do Norte).
Emilly foi levada para a cadeia feminina, em Mossoró, onde está à disposição da Justiça. Seu advogado alega que a mulher cometeu o ato por estar passando por depressão pós-parto e irá pedir sua liberação. As autoridades também investigam se outras pessoas tiveram participação no caso. A perícia constatou que a menina estava viva quando foi atirada pela janela.
Um dos policiais que atendeu a ocorrência afirmou que viu sangue escorrendo pela janela de um dos apartamentos.
Questionados, os moradores disseram desconhecer a existência de alguma mulher grávida no condomínio.
Acreditava que a criança estava morta
O delegado Evandro Santos foi até o apartamento e conversou com a jovem e seus pais, que também afirmaram não saber a origem da criança, mas perceberam que a mulher demostrava nervosismo diante das perguntas.
As roupas largas e a aparência cansada também levantaram suspeitas.
Ela foi levada para fazer exames, onde foi constatada a gravidez, mesmo assim ela seguiu negando o fato e só o admitiu quando foi encaminhada a uma maternidade onde seria examinada por uma equipe médica.
Ainda de acordo com o delegado, Emilly não havia revelado a gestação para seus familiares e o pai do bebê e também não informou porque omitia o fato.
Sobre o parto, ela afirmou que como a criança não chorou após nascer, acreditava que ela estava morta.
Defesa alega depressão pós-parto
De acordo com Otoniel Maia Junior, advogado da acusada, sua cliente teve um aborto, o que caracteriza que ela está sofrendo de depressão pós-parto.