Em Águas Lindas de Goiás, um caso chamou atenção depois de um homem ser preso após organizar uma festa com rodizio de mulheres por R$ 300. O evento iria acontecer a partir das 23h da última terça-feira (5), mas acabou não ocorrendo por causa da chegada da Polícia militar no local.

Nos ingressos que custavam R$ 300 por pessoa o anúncio dizia: "Uma noite inesquecível para você se deliciar o quanto conseguir”.

Apesar do primeiro lote de ingresso já ter se esgotado, a festa era limitada a apenas 50 homens.

Operação policial

A operação da Polícia Militar contou com 18 militares, com a Secretaria Municipal de Trânsito e também de equipes da fiscalização da prefeitura.

Como a festa estava marcada para iniciar às 23h, os policiais decidiram chegar duas horas antes, e às 21h já estavam no local. Ao chegarem à casa de prostituição onde aconteceria o rodizio, os policiais se depararam com o dono da festa, sua mulher, doze garotas de programas e cinco seguranças.

Ao fazer uma procura minuciosa na casa de prostituição que contém cinco quartos, os policiais também encontraram no quintal 50g de maconha enterrada.

Ítalo Gomes Machado, de 37 anos, dono e organizador do evento foi preso em flagrante pela Polícia Militar e será atuado pelo crime de exploração sexual. Ítalo assumiu que era o dono da festa e não resistiu à prisão, sendo levado pelos policiais à Delegacia de Águas Lindas de Goiás.

Uma das doze garotas de programas presentes no local foi levada como testemunha pelos policiais, e relatou que normalmente o valor cobrado por ela a cada programa é de R$ 130, sendo que R$30 do valor fica para o dono da casa de prostituição. Mas em especial nesta festa todas receberiam de Ítalo o mesmo valor de R$ 300 reais por sua participação.

Manter casa de prostituição não é crime no Brasil, alega policial

Segundo relato de uma policial, manter uma casa de prostituição aberta no Brasil não caracteriza crime, desde que todas as garotas do local sejam maiores de idade e estejam de pleno acordo com o trabalho realizado.

O que caracteriza crime é a exploração.

O delegado que estava de plantão no momento da prisão de Ítalo, entendeu o caso como exploração e por isso o dono da casa de prostituição foi levado para o sistema prisional.

Agora a Delegada tem um prazo de dez dias para levar o caso para a Justiça. O site da UOL chegou a procurar o advogado de Ítalo para realizar sua defesa, mas o profissional não foi encontrado.