Um médico foi preso pela Polícia Civil suspeito de ter cometido estupro de vulnerável e violação sexual. Até o momento as investigações apontam que 105 pacientes podem ter sido vítimas de Fábio de Lima Duarte. Entre as vítimas, 31 seriam adolescentes e crianças e 74 seriam pacientes adultos. A prisão aconteceu na última quarta-feira (20), quando o médico estava em sua própria residência, em Belo Horizonte, na região da Pampulha.

Mais de 30 mil arquivos que continham pornografia infantil já foram encontrados na casa do médico

Essa não é a primeira vez que o médico teve problemas com a Justiça.

Em 2018, mais precisamente no dia 31 de outubro, ele foi detido em flagrante em uma operação que recebeu o nome de Operação Infância Reavida. Naquela ocasião, as autoridades encontraram mais de 30 mil arquivos que continham pornografia infantil e imagens de exames de ultrassonografia. Esses materiais foram apreendidos.

A responsável pelo caso é a delegada Renata Ribeiro Fagundes. Renata revelou que o médico filmava as partes íntimas de suas pacientes enquanto elas estavam sendo submetidas aos exames. Durante as averiguações, foi confirmado que em algumas imagens o médico surge mantendo relações sexuais com adolescentes.

As autoridades também encontraram um material no qual o profissional de saúde faz diversas orientações no que diz respeito à prática de manter relações íntimas com crianças.

Em um outro vídeo uma jovem aparece nas imagens como se estivesse desacordada. Essa mesma jovem está amordaçada e amarrada.

Fábio trabalhava em algumas clínicas de Belo Horizonte, Vespasiano e Betim. As investigações ainda apontam que as câmeras dos exames eram direcionadas diretamente para as partes íntimas de suas pacientes.

De forma organizada, ele identificava os vídeos em que as vítimas eram menores de idade. As investigações concluíram que ele colocava a idade das vítimas no material para tornar fácil a identificação.

Segundo a delegada, uma paciente percebeu que algo estava estranho pelo fato do seu exame ter durado cerca de 40 minutos. Essa paciente foi identificada.

Com o intuito de conseguir identificar outras vítimas desse médico, as investigações seguem em andamento.

Embora o Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais tenha sido procurado, nenhum integrante foi localizado para que pudessem falar a respeito desse assunto. Inclusive a defesa do médico ainda não foi localizada para poder fazer alguns comentários.