O número de mortes confirmadas do rompimento da barragem da mineradora Vale, que aconteceu no dia 25 de janeiro, na cidade de Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais, recentemente subiu para 206.

Mais corpos foram encontrados e identificados ontem (17), contudo, na área 1 da barragem da Mina Córrego do Feijão. Segundo a Defesa Civil de Minas Gerais, as buscas ainda continuarão, tendo em vista que ainda existem 102 pessoas desaparecidas.

Segundo informações do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, ao todo, 138 bombeiros militares estão auxiliando nas buscas pelos desaparecidos, trabalhando conjuntamente em 23 frentes de buscas auxiliadas também por 63 máquinas pesadas de escavação, quatro cães farejadores, dois drones e um helicóptero.

A expectativa é que os trabalhos continuem até segunda ordem e que o máximo de corpos sejam encontrados e identificados.

Os dejetos de minério, após o rompimento da barragem, devastaram a área administrativa da mineradora, incluindo o refeitório, onde inúmeros trabalhadores almoçavam na hora em que aconteceu o desastre. Além disso, a lama em seguida seguiu devastando a comunidade de Brumadinho, destruindo diversos imóveis e, infelizmente, ceifando vidas.

Cabe lembrar que na tragédia de Mariana, que em número de vidas foi muito menor, um corpo jamais foi encontrado, mesmo com as constantes buscas nas áreas devastadas.

As consequências ambientais do desastre da Vale

Além das centenas de mortes, bem como as inúmeras perdas materiais para a comunidade e as famílias de Brumadinho e seus arredores, também é preciso levam em consideração as consequências ambientais desse desastre.

A barragem, na verdade, era uma espécie de depósito para rejeitos tóxicos do processo de mineração. Sendo assim, após o rompimento, todos esses rejeitos misturados com a água e a terra se transformaram numa lama extremamente tóxica, que causa muito mal para todo o ecossistema da região, afetando drasticamente a fauna e flora.

O rio Paraopeba, um dos afluentes do São Francisco, foi o mais afetado pelos rejeitos tóxicos da barragem.

Tudo isso sem falar nos riscos para as próprias pessoas que tiveram contato com essa lama tóxica, que pode provocar vários problemas graves de saúde.

O Ministério Público afirmou que a Vale terá garantir cerca de R$ 50 bilhões para indenizar todos os afetados e reparar os danos ocasionados pelo rompimento da barragem da mineradora em Brumadinho.